Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sexta-feira, dezembro 10

20 e poucos dias pro ano novo.
Já iniciando uma vida nova.
Mudei de restaurante japonês e de prato preferido.
Resolvi mudar de blog também.

domingo, agosto 22

Hora de retratação.

É verdade.
O blog tem sido assaltado por momentos e pensamentos exclusivamente ruins.
Mas, acontece que nem sempre você quer que as pessoas tomem parte desses pensamentos quando eles te acometem; acontece que nem sempre você tem alguém dando mole e disposto a tomar parte deles; e, mesmo assim, você precisa se livrar deles de alguma forma, né?
Fora isso, eu também não ando muito disposta a liberar minha felicidade para qualquer um. Felicidade pode incomodar muita gente.
Muita gente que não tem nada a ver a ver com a minha felicidade.

Depois, eu descobri (pólvora) que eu tenho um tesão imenso em reclamar das coisas. O que pode não ser 100% bacana, mas é louvável a partir do momento que a insatisfação te faz correr atrás da satisfação.

E eu sou chegada a exageros.
Sempre fui.
É o clássico que eu pegue pesado e alguém tenha que vir me puxar os freios.

Não.
Estar grávida não é Tão ruim quanto eu pinto.
Se fosse, as pessoas não procriavam, nós não seríamos “construídas” para isso e não existiriam mulheres que realmente gostam desse estado o tempo todo.
Elas existem, eu sei.
Acontece que pintam esse estágio para as meninas a vida toda como a coisa mais cor de rosa que pode acontecer com você e esquecem de dizer que você fica à beira da loucura de vez em quando, que pesa, que a sua coluna vai doer, que você vai andar feito uma pata choca (faz sentido), que você vai comer como uma viking, que toda a noção que você tinha sobre gases era nada perto do que acontece agora, e por aí vai...
É um estágio em que você se torna, de novo, um ser primitivo.
E isso, pelo menos na minha opinião, acaba um pouco com todo o glamour que existia na coisa.

Mas também tem seu lado sensacional.
Afinal de contas, você está fazendo a coisa mais perfeita que tem chance de fazer!
É um pedaço de você com, um pouco de sorte, um outro pedaço de uma pessoa que você ama! Melhor que qualquer outra troca que possa fazer com essa pessoa é esse momento, é essa junção o momento mais bonito entre vocês dois, independente de qualquer outra forma de relação que vocês possam ter.
Olha que bacana!
Um filho é a gozada que deu certo! A que virou gente!
Dá pra entender?

É surreal se tocar que você que está fazendo ossos, pele, coração!

No início, a presença física dela não era a mesma de hoje.
Me incomodava que alguém perguntasse como ela estava porque eu não sabia. No início você reza para que tudo que esteja bem, que tudo esteja certinho, que o coraçãozinho bata do jeito que tem bater; hoje ela está aqui, chutando, rodando, dançando o tempo todo, o que torna a percepção do “estar tudo bem” muito mais fácil e tranqüilo.
Olhar a barriga crescendo e mexendo é a Melhor Coisa do Mundo!

Eu me preocupo muito em como eu vou conseguir criar uma pessoa.
Porque gente é um barato, mas existe gente boa e gente ruim, e a gente sempre quer que a gente da gente seja boa. Que a nossa gente seja das poucas que valem a pena nesse mundo.
E quando a gente pensa nisso, de vez em quando pira.

Não.
Não é tão ruim assim, não.

É mais um estágio novo da vida.
Um passo natural.
Uma coisa que eu esperei muito para acontecer e que me espanta muito.
Me espanta muito porque eu achava que ia ser o paraíso, porque eu não esperava reclamar tanto, não esperava ter tanto medo disso.

Mas aí que o tempo está passando e as coisas estão dando certo.
Mais um pouquinho só e ela sai daqui de dentro.
Já tive tantos pânicos e crises e elas passaram...
A da hora é a contagem regressiva.
Odeio contagens regressivas.
Fico nervosa porque as coisas não estão prontas como eu acho que deveriam estar.
E quando chegar a hora?
Quando chegar a hora ela vai sair, eu querendo ou não, com tudo pronto ou não, e aí eu vou começar a arrancar os cabelos por causa das fraldas, do choro de fome, das cólicas, porque eu continuo não vendo as pessoas o tempo todo...
E vou começar um novo ciclo de reclamações e pirações.

Mesmo assim, eu tenho certeza de que assim que ela nascer eu vou me esquecer de tudo que eu acho ruim.
Vou me apaixonar loucamente.
Vou me desmanchar toda...

A contagem regressiva é cruel.
Cruel porque eu já quero muito saber como ela é de verdade, sem ser em preto e branco.
Cruel porque eu também eu quero ver a carinha dela, ao invés de só sonhar com ela.
Quero que ela berre, que chute de fora.
Que faça de mim gato e sapato e que a nossa nova vida comece de uma vez...



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Puta que pariu...

quinta-feira, agosto 19

Já que eu ando sem palavras e, aparentemente, nada mais acontece no Mundo que não as Olimpíadas...

Medo das moças que competiram no arremesso de peso...
Cês viram?

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Eu tô sem saco de consertar isso aqui.
Sem saco de terminar as mudanças que eu comecei a fazer aqui.
Sem saco pra escrever aqui.

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Toda vez que eu começo a escrever, não presta... Essa coisa de hormônios em descontrole é uma merda...

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Porque acontece tanta coisa na gravidez...
Fisiologicamente e psicologicamente...
Tudo que sempre te disseram a respeito, com certeza é muito floreado, a realidade é muito pior...
Mas, como eu disse, é muita coisa...

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É, tirando quando ela se meche e eu ganho presente, essa coisa de estar prenha tem me incomodado um bocado...
É desconfortável...
Em uma gama extremamente variada de possibilidades...
...Mas é do caralho quando ela faz gracinha na ultra-sonografia pra mim! :)

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Um dia eu volto...

quinta-feira, agosto 5

Tô me sentindo:
Gorda
Burra
Feia
Cansada
Pesada

E acho que nunca mais vou trepar com alguém na vida, já que a tendência é que esse quadro se agrave e eu realmente me torne um personagem de filme de terror B.

Sentimentos nobres pra caralho, hein?

segunda-feira, julho 26

Dá muita, muita vontade de sentar e chorar quando você percebe que está implicando com os adolescentes que resolveram “dar uma festa” debaixo da sua janela num domingo de madrugada. Você já foi uma daquelas adolescentes. Você já varou inúmeras madrugadas debaixo da janela alheia contando piadas sem graça em um volume vocal totalmente desnecessário. Você fazia isso sem pensar que existiam outras pessoas morando à sua volta e que precisavam dormir. A sua mãe reclamava e você dizia que ela era careta. Hoje você reclama. Fica vermelha. Quer chamar a polícia. Acha um absurdo que todas as baixarias da rua tomem lugar debaixo da sua janela.
Aí você percebe que está implicando com um bando de adolescentes que está fazendo uma coisa que você também já fez. Tudo bem que eles são muito mais mal educados (será mesmo?) do que você já foi, mas, nesse momento, você percebe que o tempo passou mesmo, e sente muita, muita vontade de sentar, esconder o rosto nas mãos e chorar copiosamente.
Pior!
Percebe que daqui a uns 13 anos, outra pessoa vai estar achando sua filha mal educada e vai estar gritando “psssssiu!” pra ela pela janela e aí sim, você vai se sentir muito, muito velha.
Mas aí, ao invés de sentar e chorar, você vai sentar e lembrar como era bom quando você fazia baixaria debaixo da janela alheia...
Puta crueldade...