Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sexta-feira, julho 18

Puf! Puf! Puf!
Que correria!
A terça não foi tão ruim assim... Em alguns momentos eu bem me sentia como que se entrando em trabalho de parto e tinha que parar de trabalhar pra poder bufar e me dobrar ao meio de dor, de certa forma é uma sensação imbecil de minha parte que só posso imaginar como seja entrar em trabalho de parto de fato, na verdade, tenho certeza absoluta de que tudo que eu senti e sinto todos os meses deve ser elevado à décima quinta potência na hora em questão, mas enfim... Em outros momentos eu corria, corria muito, aí não sentia nada...
Fim do dia, moída, pra variar um pouco...
Aí quarta... Poxa, acordei cedão, saí de casa cedão, fui catar alguma coisinha pra mamãe que até então estava sem presente, fui toda feliz pra Gávea e... Errei a hora! Perdi mais uma seção de terapia! Isso ta frustrante nível 200... Por mais que eu corra, e saia cedo, e pegue um concorde, eu não consigo ter uma seção inteira tem duas semanas! Assim vai ser muito hard de resolver alguma na vida! Bem feito pra mim...
Passeia daqui, passeia dali e quando eu cheguei no escritório todos já estavam arrancando loucamente as vastas cabeleiras (dos 4 gordos eu sou a única que vai ser velhinha careca), e lá fui eu, pegar coisa aqui, entregar outra ali, telefonar, passar e-mails, até o ponto em que me encontrei estendida no chão, no sentido mais literal da coisa, de cansaço... O mais legal: ainda tinha show pra ir!
O casal dormiu, eu, que passei o dia calma e tranqüila enquanto o resto surtava, tive o meu surto, então...
Em certas épocas do ano eu me torno uma pessoa de temperamento bomba (sem contar duas ou três situações cotidianas)... Ano Novo eu fico sempre de mau humor tipo uns dois dias antes, em aniversário meu estado é piorado porque a coisa começa com umas 3 semanas de antecedência... Aí eu fico assim, boazinha/surtada/boazinha/surtada... Com o plus de que esse ano eu ainda to em crise por não possuir mais vida social/ emocional desde que resolvi fazer faculdade e agora trabalhar... Okay, é o preço que se paga, o racional ta ciente, o resto é que não ta...
Então fiz um pandemônio aqui em casa enquanto me arrumava e só consegui falar direito com as pessoas quando o show terminou, eu já tinha cantado várias musiquetas e tal... Meus planos de beber até cair fracassaram lindamente também...
Depois ainda teve o “Episódio da Cebola Mofada”...
Aí, hoje foi tranquilinho, outra cebola mofada sem danos, saí mais cedo do que sempre do escritório, pude fazer as unhas finalmente... Esqueci de comprar alface e isso foi uma falta grave, mas tudo bem...
Amanhã vou comprar pelo mais uma calça que não caia ainda...
Aliás, isso anda me deixando bolada: antes de emagrecer essa pessoa toda eu não me achava uma baleia, agora eu me acho; antes eu não tinha dores nas costas tão alucinantes, agora eu tenho, isso é muito doido..!
Resolvi que vou resolver meu problema de figurino para o casamento do Inferno de forma simples, prática e barata.... Minha mãe queria me levar numa loja toda tchans, eu resolvi comprar um body vagabundo de manga compridas de R$5,00 e pronto. Xale nos ombros (Céus! Cheguei na idade do xale!) e ta tudo resolvido...
Continuo precisando ligar para dez mil pessoas a respeito de segunda-feira, mas cadê que eu quero? Ao mesmo tempo que eu quero, eu acho que quem tem mais que ligar são os outros, não eu... Trava mental, como diria Lula, mas enfim... Amanhã eu resolvo parte disso...
Saudades do Édipo, que andava tão grudado, mas traumatizou e resolveu tirar umas semanas pra fazer programa de macho...
Saudades de muita gente...
Um saco ficar péla-saca emocional, um saco essa dor nas costas, um saco...
Mas amanhã é sexta-feira!
Puta consolo...! É aquela coisa... Eu continuo adolescente e adorando tudo que todas as pessoas da minha idade já não gostam muito por isso, dá alegria na vida, sabe...?

Agora, já dizia Clemilda:
“Casa sem mulher é um chiqueirão!”
Impressionantes os avanços que eu e Karla conseguimos fazer no escritório juntas em apenas uma semaninha...!

quinta-feira, julho 17

Três coisas muito sérias andam acontecendo e me incomodando imensamente nos últimos dias...
(Levemos em consideração sempre que todas elas têm lá seu lado bom)
Então vamos separá-las...

Coisa nº1:
Todas, absolutamente todas as minhas roupas (tirando a pantalona preta do Poder, que já virou uniforme) estão caindo! Os vestidos viraram todos grandes e disformes sacos de batatas, mas ainda salvam aqui e ali, agora eu ando tirando uma onda de skatista... Pago calcinha em todos os lugares que vou com as outras calças! A verde do meu uniforme de guarda sai já sem precisar abrir o fecho...
Claro que é uma conquista do Bem que isso venha acontecendo... Claro que, qualquer pessoa que desça dos 130 para a casa dos 80kg deve soltar fogos de artifício... Mas é sem noção a irritação que tem me dado de andar por aí com tudo caindo etc, etc, etc... Hoje mesmo podia ter participado de uma reunião superimportante, mas como eu estava pagando de skatista tive mais é que passar por boya e sair voada... Irrita... Muito!
Mas, parece que eu vou conseguir resolver parte desse probleminha antes de ir pra Minas...
Aí....

Coisa nº2:
Falta tempo!
Por mais surreal que seja, antes eu costumava reclamar de excesso de tempo, hoje eu ando precisando de dias de 48 horas para conseguir fazer tudo que preciso... Fora que os coletivos me atrapalham, as pessoas na rua me atrapalham, puta que pariu, tudo atrapalha meu cronograma mundialmente conhecido pela pontualidade britânica, que anda bem brasileira...
Preciso arrumar tempo pra terapia, pra resolver a minha roupa do casamento do Inferno, pra resolver o que vestir no meu aniversário, pra poder ir no meu aniversário, pra fazer as unhas, pra tudo, pra tudo...
E quando eu voltar às aulas?!?

Coisa nº3:
O próprio aniversário.
Eu juro, todo ano, que não vou me estressar, que não isso, não aquilo, mas já tô eu aqui dando piruetas e cheia de dor nas costas com o evento vindouro... São 26 entrando, e se ninguém for, e se eu esquecer alguém, e se tudo der errado, e se eu estiver muito cansada, e se, e se, e se...?

Pois é...
O problema principal é pensar muito... Uma das coisas que me preocupa só vai acontecer daqui ha um mês caramba! A outra? Um dia eu fujo da produtora e todo mundo que se foda... A outra? Se eu não tiver parado no Barra D´Or até lá, qualquer coisa tá valendo, porque as pessoas que vão, são sempre as gostam de mim mesmo e é isso que importa...

Hoje foi também o primeiro dia que me estressei com o novo trabalho, mas, caramba, quem não se estressa um dia? Além do quê, estressei já em casa... Mas foi um estresse basiquinho e eu jurei que não ia reclamar nunca mais de trabalhar... Toma tempo? Toma. Come as minhas férias? De garfo e faca. Mas era o que eu queria, esparadrapo na boca já!

E tudo bem que eu ando nostálgica, mas encontrando pessoas do século passado (Yay! Plágio!) na rua todo dia, fica meio difícil não ser.... Mais coisas a vir, mas eu preciso dormir primeiro... Algum dia meu fuso se ajeita... Até eu tenho saudades dos meus textos mais longos, específicos, viajantes e dos diálogos surreais...

Muitas coisas mais importantes para relatar, mas essa foi pior, de foder a alma, mereceu o Número 1 de hoje!
Depois de correr o dia todo feito uma loucapalhaça de um lado pro outro, chego em casa depois um showzinho nota 7 de Jovem Guarda, vou reto pra cozinha procurar a mini tortinha de banana que comprei pra D. Mamãe (D.Mamãe faz anos hoje, dia 17, e a tal tortinha só consegui comprar numa loja do inferno perto do escritório no meio da correria, resistindo bravamente a todos os chocolates e afins do lugar...) e.....?
A Karla já tinha esmigalhado a coitada no escritório, quando eu passei em casa, escondi na geladeira... E eu olho, olho, olho, aí....

"Pô, mãe, cadê a paradinha que tava aqui?!?"
" Que paradinha?"
"Que tava dentro de um saquinho aqui dentro da geladeira..."
"A cebola mofada??? Joguei fora..."
"Cebola mofada?!? Dentro de um saquinho??? Porra, mãe! Cê jogou fora seu bolo!!!!"

Dá pra imaginar? Pois é... Meu sofrido bolinho foi tomado por cebola mofada e foi pro lixo...
Sensacional!
Parabéns Mamãe!

terça-feira, julho 15

Hoje vai ser um dia bom!
Calminho, né?
O escambau que vai ser calminho!
Daqui a menos de duas horas, tenho que estar na rua batendo perna, arrancando pêlos, comprando presente e depois ainda tenho que ir trabalhar; o problema é que eu tenho duas opções de bem estar no momento: ou passo o dia rolando (acredito até que no sentido literal da coisa) de dor, ou passo o dia lerda por excesso de analgésicos porque sentir dor é uma merda e eu odeio isso...
Boa perspectiva...
Na bolsa invés de almoço vai a bolsa de água quente...
E viva a terça-feira!

E não é que o fim de semana foi diferente do que se esperava?
Na quinta, além do encontro com Travolta, eu também meio que tinha marcado um “encontro” pra sexta... E a sexta começou bemzão... Acordei cedérrimo pra poder fazer tudo que tinha que fazer, incluindo almoço pro povo trabalhador, banho de beleza com todos os requintes e era o primeiro dia em que eu ia começar a usar a fabulosa loção firmadora (sim, comecei a apelar... agora tem até disso no repertório... pelo menos até eu ter coragem pra virar bombadona saradona...), até que uma chuva torrencial engarrafou a vida das pessoas e a minha junto, derreteu a cremalhada toda, me fez perder a terapia e cheguar puta da vida, molhada e supercarregada no trabalho... Só porque fez um frio glacial, eu levei o casaco “enfeite” também, claro...
Mas lá a gente esquece que existe vida aqui fora, o clima é maravilhoso, as pessoas felizes e logo tudo isso passou...
O coração apertou quando minha amiga “Pic-Nic” ligou perguntando se eu ia ao show e eu disse que não ia poder... Mas não podia mesmo... Imagina... Calça caindo, casaquinho de mentira, toda emplastrada de creme e, mesmo assim, só consegui sair do escritório quase na hora do show... Carente e desmazelada não dá! To dependente de glamour, nem que seja um pouquinho... O que, aliás, anda mais do que em falta porque eu ainda não consegui fazer as unhas direito, nem pintar os cabelos com raízes berrantes e Monteiro Lobato dominou legal a parada... Mas disfarçar um pouco ainda rola... Enfim...
Encaramos um frio que quase necrosou nossos belos narizinhos para pelo menos dizer “olá” aos meninos, mas não tinha ninguém na porta... Enquanto era xingada, fui tomar então um chopp da compensação com a Karla... No meio do segundo, Coelho liga avisando que estava indo com os rapazes “tomar umas biritas” em casa, dito isto, lá fomos nós também! Morro de pena dela quando acontece dessas, porque eu já sou boa de copo (aliás, a maioria dos 2 leitores desse blog, devem achar que é só isso que eu faço na vida, tamanhos os relatos de bebedeira...) e lá, ainda por cima, eu ataco uma garrafa linda, linda de Jhonny Black Label... Hihihihihi
Alguns copos depois, meninos fora para a putaria, Karla e Coelho a nocaute, vim me arrumar pra Bunker... Muito mais pelo show do Matanza que pelo pseudo-encontro... Pedrinho veio me buscar com Chris e Marcio e lá fomos nós, na chuva, felizes... Do lado de fora, básico, sentei-me com meu mano querido que não via fazia um tempo grande porque ele anda adulto e eu continuo adolescente, o que animou mais ainda, e entramos depois de alguns outros copos...
Muita gente conhecida, blábláblá, o show foi foda, não pseudo-encontrei ninguém, paguei esporro de bêbada sem amigos pra Déa (sorry, babe) e então veio mais um acontecimento esquisito pra fechar a semana...

No Mundo, por aí, existem vários carinhas que você já olhou assim assado e deu uma paquerada e etc, etc... Pois então... Há muito tempo atrás, eu conheci esse, dei em cima e com os burros n´água, uma vez a cada dois anos ou coisa parecida a gente se esbarra em algum lugar, mas ele nunca chega muito perto ou troca mais que meia dúzias de palavras comigo... Eu sou uma moça que se conforma com uma certa facilidade, então aceitei isso, tudo bem, deixa pra lá... As pessoas têm essa idéia de que consigo tudo que eu quero, mas não é bem assim que a banda toca, na verdade, eu tomo muito mais toco que qualquer pessoa que eu conheça... Anyway...
Pois não é que esse moço estava lá sexta?
E não é que ele veio falar comigo todo pimpão?
E não é que foi legal?
Pra gente ver como a vida tem umas coisas esquisitas de vez em quando... Apesar deu ter gostado dessa em particular...
Enfim...
Sábado é que foi feio... Eu mal acordei e já fui me arrumar pro encontro da Aliennation... É, eu sou semi-nerd, nesses eu costumo ir... Fui... Claro que, quando eu cheguei, tava bem tarde já, porque sair daqui é sempre um processo... Não teve porrada, não teve bebedeira, não teve nada demais, mas nem foi ruim, não... Pena que foi pouco tempo, pena que depois que eu cheguei na Bunker, do alto da minha sabedoria alcoólica, resolvi tomar caipvodkas por causa do frio de estômago vazio, pena que misturou com os dois chopps e deu um revertério sinistro, pena que eu vi tudo girando e tive que voltar pra casa super rápido, tipo antes das 3 da mandrugada...
Uma pena... Renata fazendo vergonha... Bizarro...
Domingo é domingo, né? P.n. de p.n. pra fazer... Um frio de foder a alma...
Aí hoje eu trabalhei, conversei, descobri que é fato, bombei em antropologia, falei com Pizinho no telefone rapidinho, to querendo muitíssimo uma aspirina porque tudo dói (e eu ainda arrumei novos hematomas em lugares surreais), mas calminha...
(Em termos, pelo menos, eu ando com tanta cafeína no sangue que to quase uma “criança hiperativa”)
Nada bizarro acontece desde sábado...
Uma vidinha corrida, normal, calminha...
Até amanhã, pelo menos...
Quarta-feira a pauleira começa de verdade...
E é por isso que eu vou dormir um pouquinho...

A única coisa chata desse novo cotidiano é que tem sempre muito mais coisa pra escrever e registrar, mas o cansaço é sempre maior que eu e toda e qualquer inspiração que eu possa vir a ter... Mas tudo se adapta....