Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sexta-feira, dezembro 26

Once Again, cá estou eu no Cyber Café da Rodoviária Novo Rio...

Tive um ataque de pânico porque acordei tarde, não tinha feito mala, não tinha comprado passagem, mas, como eu suspeitava, ninguém nesse Planeta resolve passar o fim do feriadão de Natal naquele Fim de Mundo em que meu pai resolveu se esconder e a minha poltrona no magnífico único ônibus direto é a #3... E eu tenho uma hora inteira para matar...
Então vim postar umas coisas bobas...

O Natal foi chaaaaaaaato pra caramba, mas isso é assunto proutro post mais elaborado.
Ganhei:

*Dois cds de mim para mim mesma.
*Um anel da minha tia que eu achei medonho e vou trocar.
*Um vestido da Mamãe que não me coube e tem que trocar também.
*Mais uma toalha ninja moderna que serve única e exclusivamente para amarrar minhas longas madeixas pós banho.
*Mais uma combinação, desta ves cor de rosa, para dormir, já que a minha genitora quer jogar as antigas fora.
*Um calendário com fotos dos lagos canadenses.
*Uma bolsa linda preta grande e de vinil de mim para mim mesma.

Não consegui encontrar com a Dea e esvaziar a árvore, encontrei Karlota, mas não dei seus badulaques por que a festa era na casa de outras pessoas e ia ficar chatão, não fui até um lugar deixar uma lembrança que eu comprei para alguém que anda sendo muito bacana comigo e merece.
Não me depilei, não fiz as unhas, não comprei roupas novas, não fiz porra nenhuma.

Depois do martírio de vovó consegui escapar para a casa do Corvo, onde rolou uma divisão de bolinhas na sala e luluzinhas na cozinha, mas eu pude fofocar e encher a cara como a data pede. Não só a data, mas eu precisava. Foi um Natal triste pra mim.

Ontem, passei o dia como planejado: no sofázão vendo filme de porrada.
Recusei o convite de Pedrinho pra manguaça crente que ia acordar cedo e conseguir fazer coisas...
Deu nisso...
Rodoviária Novo Rio, fazendo hora...

O bom do Natal foi que eu enchi a cara de chocolate, que é a única coisa que eu realmente sinto falta nessa historinha de dieta, devo ter engordado uns 100 quilos com essa brincadeira... Mas tudo bem...

O fim de semana vai ser punk, na roça, sem internet, sem metal, depois vem o ano novo...
E algumas coisas eu já esquematizei...
Não adianta ficar noiando com dieta nessa época maldita...
Ainda mais sem sexo, sem amor e sem cerveja...
Mas isso já é coisa proutro dia...

Cabou meu tempo...
Comportem-se na minha ausência...

quarta-feira, dezembro 24



E pronto!
Cabou a graça!
Não quero mais brincar!
A árvore está cheia, eu encarei lojas inóspitas, suei e andei feito uma condenada e agora não quero mais... Quero que acabe logo... É Natal.
Preciso fazer as unhas ainda, mas antes preciso lavar roupa; preciso me depilar ainda, o que significa mais fila; preciso encarar jantar de Natal, o que significa desespero...
A única coisa que consegui fazer foi cumprir com os trabalhos de Duende de Natal...
E tapar temporariamente as minhas cãs...
Nem sair eu quis porque ia significar gastar dinheiro, num lugar cheio, encher a cara e não conseguir fazer nada amanhã...
Cabou...
Cabou a graça...

Eu até tinha pensado em escrever uma cartinha pro Papai Noel, levando em consideração a esperança e o caso deu ainda acreditar e mandar, mas mandei esse plano à merda...

Feliz Natal pra quem gosta...!

Não é porque eu fico verde e peluda que as pessoas têm que ficar... Eu entendo gostar da data, já gostei um dia... Faço votos de felicidade verdadeiros, mas não esperem que eu esteja razoável hoje...


terça-feira, dezembro 23

Essa parada de ter perdido os óculos de novo está sendo horrível... Eu ando precisando deles! Sou uma quase Senhora, cansada e cada dia mais cega, caramba! Esse sumiço está me dando dores de cabeça fenomenais... E eu não tenho aspirina...



E nada de rua para a Tia Rê hoje...
Está tendo Maldita de Natal, me disseram que iam, mas amanhã temos que acordar cedão e resolver coisas, estamos supercansadas, tem loja pra ir, e por aí vai... Melhor ficar com o rabo quieto...
Melhor...
(Ainda dá tempo de ir, estou tentando me convencer do contrário)

segunda-feira, dezembro 22

Meu computador podia funcionar 100%...
Por quê ele insiste em ficar nos 80%???
Por quê???

...E eu estou fumando pra caralho...

Compensei todo o tempo de silêncio, hein?

Não é ainda, mas é quase!

Alucinando de felicidade porque o ano está de fato quase acabando!
Noves fora à todo o meu descontentamento com a estupidez humana, eu acredito, voltei a acreditar que acabar o ano é uma coisa legal pra caramba, que número faz diferença, que a partir de janeiro os pontapés no rabo vão ser maiores e melhores e todas essas vertentes de crenças estúpidas. Afinal de contas eu sou humana e estúpida.
Como todo mundo.



Sabe como foi que comecei a ficar estupidamente feliz?
Assim, com esse fim de semana. O último do ano!
- Não, Rê, tem outro ainda! – quem ler isso vai pensar, mas eu repito: foi o último. Fim de semana que vem eu não vou estar aqui. Não vou beber até cair e dormir em mesas de bares. Não vai ter rock, não vai ter beijo em boca, coração apertado ou dormidas em camas que não são minhas. Então esse foi o último!



Mas deixa eu esclarecer um pouco todas as coisas enumeradas ali em cima.

Sexta, acordei atrasada e percebi que provavelmente não voltaria da loja para casa antes de abrir os trabalhos, então eu e minha mala chegamos um pouco tarde lá. Ia ser um dia daqueles em que eu ia acabar tendo um ataque e não fazendo nada do planejado. Falta de agenda dá nisso, um dia eu acordo e percebo que existem mil coisas pra fazer, e como não dá pra conciliar tudo sempre porque: a) eu estou pobre, b) eu ainda não sei dirigir, c) estou longe de ser onipresente; e acabo pirando no meio da parada e dando bolo em todo mundo ou fazendo um programa só e fingindo que não sabia do resto todo.
Mas não foi o caso dessa vez. A Dea ainda vai fazer outros exames, Anitas resolveu não fazer fextinha nenhuma, então me entreguei às mãos do Pedrinho e da loja fomos direto pra inauguração da loja de uns amigos. Graças a Deus tinham poucos mudernos na parada (que eu tenho pânico de concentração de muderno), levei papos legais, vi amigos que não via tinha um certo tempo e de lá saímos já bastante calibrados rumo a boa e velha Bunker de toda sexta.
Mas manguaceiro de carteira não fica feliz com pouca coisa e resolvemos pagar uma porta básica no Bem Estar. Aí veio o “Episódio Rainha de Sabá dos Pobres”, que quase me acaba com a noite. Acontece que quando essas coisas acontecem eu tenho duas soluções: casa/ cama/ choro compulsivo ou beberbeberatémorrer; escolhi a segunda opção, obviamente. Não sem antes dar uma leve esperneada e tomar o devido puxão de orelha, mas passado isso, me dediquei à segunda opção com furor.
Mais tarde soube que fiquei bêbada pentelha que não dá sossego aos amigos inocentes.
Mas a noite é longa, a vida segue e coisas acontecem. Então, acabei chegando em casa as 4 da tarde, já sem ressaca, mas ainda bem cansada.
Milhões de obrigadas a Dea pela paciência e por ser minha consciência às sextas, ao Baiako por agüentar minha dor de corno e a falta de coordenação motora até para anotar seu telefone no meu celular, ao dono da cama por ser tão bacana comigo e a todas as pessoas que me agüentaram de coração... :)



Na Sexta também nasceu mais uma Martins: Maria Fernanda. A segunda filha da minha prima Lu, de cabelos pretos e olhos azuis, lá em Petrópolis. Eu não liguei porque acho chato pra caramba a pessoa parir, estar cheia de pontos e dores e ter um monte de gente enchendo o saco. É legal no sentido das pessoas todas estarem esperando a chegada dela e gostarem da mãe, do pai, do irmão e etc, mas dia 28 eu vou conhecer a pequena. Deixa ela nascer direito primeiro. Aprender que lá dentro era mais quentinho, que ela precisa berrar para comer, ser limpa e etc... O Mundo é Malvado, a Vida é difícil, mas tem lá seu charme.
Bem vinda Pequenina!





Acordei com uns arronhões esquisitíssimos no braço. Mistério...



Só que nada é simples assim.
Além do cansaço rolava um baqueada leve por conta.
O esforço para ficar longe é enorme, para me recuperar, aceitar as coisas como são e as novas que aparecem. Todo dia é meio assim, e vai levar tempo pra passar, mas ter visto e não ter sabido o que fazer foi meio pesado. Me deixou meio triste.
Só que eu resolvi também que não vou curtir essa onda errada. Nem tenho tempo pra isso. Quando eu começava a pensar na possibilidade, resolvi ligar pra Anitas, que partiu ontem, e saber como ela estava, se as malas estavam prontas e tudo mais. Tinha acabado de dizer à Dea que não ia sair de casa nem por decreto, mas aí...

- Oi, melequenta! Tudo pronto?
- Não ainda. Cerveja no Plebeu?


Cerveja no Plebeu. Me arrumei e fui.
Aí lá ficamos, eu, Anitas, Dax e Andréia, bebendo, contando casos bizarros, coisas de mulherzinha, experiências gastronômicas e amorosas... Depois de um tempo zarpamos e fomos para a casa da Ana com mais umas cervejas debaixo do braço.
Aí eu abracei e dei uma caidinha nos braços do Chico, mas foi a única caída da noite, que foi bem divertida, cheia de risadas, bacana pra caramba e terminou com a dormida com meu amigo maravilhoso na cama mágica.
Aquilo que eu tava dizendo: é difícil de acreditar, mas existe amizade entre homem e mulher e a gente pode só dormir enroscada nesses amigos.



Acordei cedinho com a tropa toda, aparentemente, todo mundo acorda cedão naquela casa. Beijos e despedidas. Boa viagem amiga linda, e rumo ao BP para almoço, banho, ligações e... Heavy Duty!
É... Domingão, 2 e tal da tarde, com a bateria na reserva, mas, poxa, Heavy Duty, gravação do clip do Matanza, com Úrsula e Pedro (a princípio), imperdível... Eu estou de férias, o alarme de urgência da Association não disparou, nada pra fazer... E por aí vai... Sou excelente nas “Desculpas Perfeitas Para Enfiar o Pé Na Jaca Sem Culpa”.
E dentre a vala negra, com o dia claro, a mesa foi ficando cheia de gente e cervejas. No caminho pegamos a Luciane (que eu já conhecia – nerd! – fotologs alheios e de ouvir meus amigos falarem), depois a Chris e o Márcio chegaram e mais um monte de pessoas novas que eu conheci. Dentre todos os delírios que o Chico tem sobre a minha vida, vamos combinar que esse é o mais acertado: toda vez que me deixam solta eu conheço muita gente bacana, aumento meu círculo de pessoas e me divirto muito mais!
Eu sou, fazer o quê, seguidora, apreciadora, viciadona naqueles conceitos tão bem conhecidos do tipo “tudo que eu gosto é ilegal, imoral ou engorda” ou “bom é o que faz mal”...
Teve churrasco de grátis, teve uma cobra enorme enrolada em uma moça, teve nuvem de fumaça feita por carro, teve bagunça, um monte de fotos, só faltaram os fogos prometidos na filipeta, mas isso foi detalhe pouco... Ainda resolvi me dar de presente de Natal os dois cds do Matanza... Já que nenhum dos meus amigos copia pra mim, que eu não vou ter grana pra fazer o desenho novo, o furo novo ou viajar e não consigo achar nenhuma roupa nova que seja excelente, Cds!
É um pouco desconcertante realizar que eu estou virando groupie depois de velha, mas, nada mais justo me dar os cds de presente, uma vez que eu já comprei presente pra metade do Planeta menos para a minha pessoa.
Depois acabamos todos num bar da Tijuca bem legal, onde meu erro foi apelar para um daqueles drinks que só mulher bebe, porque foi bem depois do meu “Tesão com Vodka, por favor” que eu apaguei na mesa...
Mas, Renata, que coisa mais sem glamour dormir em mesa de bar!
Realmente... Glamour zero... Mas, ah, todo mundo amigo ali, me deu sono, eu tirei uma soneca, ué! Se fosse bagunça em casa, ninguém ia reclamar... Me rendeu o apelido de “a dorminhoca”, mas eu não to nem aí...
Ainda mezzo grogue, deixamos as meninas em casa e eu e Pedrinho, que estava num dia parachoque de caminhão, fomos tentar o Empório... Tava ruim, eu tava com sono, chamei uma pessoa e ela não quis ir, então Pedrinho me largou aqui e eu dormi feito um anjinho! Um anjinho que bebe tonéis de cerveja e ronca, mas um anjinho...
É verdade que eu tive uma briguinha besta com o Pedrinho. Já foi acertado, a gente já fez as pazes, mas vale registrar, porque donde eu me lembro, foi nossa primeira briga, né? E primeiras brigas valem a pena o registro. É meu irmãozinho querido que nunca tinha ficado face to face com a ira barraqueira contra ele... hehehehehe
Milhões de beijos e obrigadas pela paciência, amizade e tudo mais, meu anjo!



Hoje?
Dedea me acordou, mas eu estava grogue demais pra lembrar o que nós falamos de verdade... O dia foi lento e eu descobri que tenho um pancadão de coisas a fazer amanhã... Ano que vem vai ser diferente por que eu já tenho agenda de novo, mas eu nem sabia que hoje já é 22, manhã 23 e depois o Dia de Natal.



O que nos leva de volta ao fato deu descobrir que o Ano Terminou!!!
Só mais um dia!
Vou correr feito uma corna, tenho presentes a comprar ainda, depilação a fazer, unhas idem, passagem para comprar, bateria de telefone para trocar, loja para olhar, cartão pra fazer e responder... oisa àralho... Mas, significa que não vai rolar tempo pra respirar...
Bom!



24, dorme, ronca, se arruma, janta, sofre, socorro, carona, festa...
25, dorme e ronca...
26, arruma, ajeita, estrada, rua...
27, acorda, xinga, almoça, bebe, ri, dorme...
28, acorda, xinga, pega ônibus, conhece bebê, volta e dorme...
29, acorda, almoça, arruma, volta, conta tudo, liga e dorme...
30, acorda, sofre, incha, vai às compras, arruma, dorme...
31, acorda, arruma, pula, roda, reza, chora, bebe e... E aí já é Ano que vem!



Viu?
Falta pouco...
Ta tudo programado...
Quase, mas não ainda...
Sem mudanças...



Isso não quer dizer que eu vá ficar em silêncio até lá... Aqui é “meuqueridodiário”, minha válvula de escape escrita (eu tenho várias... escapista assumida)... Não vou ficar no dorme, ronca... Ainda faltam coisas... Muitas coisas...



Feliz...
Acabada...
Cansada...
Mas feliz...



E gente!
Meus Pic Nics preferidos bem lembraram de mim no e-mail de Natal!
Fiquei toda boba!
Também sou groupie deles!



Convivam com a barrinha...
É Natal, porra...




Porra, odeio engasgar com os meus remédios...

domingo, dezembro 21

Bom ter aqueles amigos que quando você precisa dão colo, beijo, dormem abraçadinhos e não dizem aquilo tudo que todo mundo diz tipo "você merece coisa melhor" ou "eu te disse", que aceitam a sua carência e fazem cafuné várias vezes durante o seu sono porque você está tendo pesadelos. Às vezes as pessoas não acreditam que existam esse tipo de amigo, mas eles existem. Eu tenho. Graças a Deus.