Só pra constar, a Nanda tá legal...
Viva...
Eu também estou melhorzinha...
Depois de uma noite psicopatizando geral...
Mas depois eu conto detalhes, preciso tomar banho pra sair...
sábado, novembro 15
Boletim # 2
Sou a primeira acompanhante a quase catapultar a paciente (quase que literalmente) do leito, ter um ataque de riso dentro da emergência por conta causando distúrbio alheio e dor na prórpia por conta, a roncar e babar no banco de espera e largar a paciente sozinha por realizar que a demora para o fim do soro versus a distância em minutos da própria cama dava pruma exelente cochilada.
P.S. do P.S. do P.S.
O post abaixo pode vir a ser deletado.
A mensagem foi pro Jones, que era o outro segurança obviamente ineficiente.
Não sei se grito e xingo muito ou se fico aliviada ainda, mas eu já desconfiava...
Copiado do icq...
Boletim # 1
A Nanda tá no Copa D´Or... Já fui e estou voltando lá.. Ela jura que está ótima apesar de não conseguir abrir os olhos e estar com um catéter na veia...
sexta-feira, novembro 14
Ai meu supercílio!
Então quando o sono já vinha e eu achava que os meninos tinham se esquecido de mim:
- E ae, Rê, vambora?
E lá fomos nós!
Mais uma noite de manguaça exacerbada, papo com os amigos, muita música, etc...
Em determinada hora da noite, Madame Nanda apareceu.
Em determinada hora da noite, nós demos uma puta cabeçada.
Em determinada hora da noite, mamãe deu a sorte deu ter pegado a bolsa pra vir pra casa porque ela estava ligando desesperada preocupada comigo uma vez que o telefone tocava a cada meia hora e ninguém se manifestava.
Dito isto, a Nanda me deu uma carona e me largou bonitinha aqui na porta.
Ainda me ouviu resmungar e aturou meu lado bêbada ninguémmeamaninguémmequer...
Merci, Lindona...
Mais uma vez...
Merci também aos novos solteiros da praça por tudo...
Hoje, acordo com uma mãe gritando preu levantar pra ir ao banco correndo, logo, urgente, porra...
Primeira reação: porra, esqueci a bolsa na Matriz! Seqüela. Tava aqui.
Segunda reação: ai, meu supercílio! A cabeçada com a Nanda. Está doendo a valer.
Porra.
Banco.
Sabe aquele dia que você vai ao banco e na fila tem uma moça arrumadinha, mas que exala álcool por todos os poros? Eu.
Sabe essa mesma moça indo na padaria e brigando com o caixa? Eu de novo.
(Sério, a vantagem de comprar na padaria é comprar um pão mais gostoso, barato e na quantidade que você quer, então se você pede quatro é por que quer quatro e não cinco, estou errada?)
Sabe essa mesma moça sendo impedida de fazer o almoço porque o cara da CEG pôs ela de castigo por que ela não acordou de manhã para abrir a porta? Eu de novo.
Sabe essa mesma moça passando a tarde tendo flashbacks da noite, se tocando de que estava pior que a encomenda, puta com isso tudo, porque na hora ela gosta mas está tendo uma certa dificuldade em levar essa vida de novo uma vez que panelas não são mais atraentes, ela quer produzir e construir e assim ela não sai do lugar? Eu mais uma vez.
Um pouco mal humorada eu hoje, né?
Com uma certa ressaca.
Supercílios doendo.
Fedendo a álcool.
Porra de vida errada.
De qualquer forma, hoje é sexta-feira, não é dia de consertar.
Vou tomar um café (o moço já me tirou do castigo), me martirizar mais um pouco e ir até Laranjeiras descobrir meu serviço da semana que vem.
Isso deve me deixar em melhor shape para hoje à noite.
Mesmo assim, eu repito: porra de vida errada.
quinta-feira, novembro 13
...É que eu Gosto dessa Imagem, sabe...?
Gosto de passar e ver em mim essa imagem de Mulher.
Gosto que as pessoas pensem que eu sou independente.
Gosto que vejam em mim a figura de alguém que tem cacife suficiente para ir e vir quando quiser, do jeito que quiser e com quem quiser.
Gosto que algumas pessoas se sintam intimidadas com isso.
Gosto de fazer e resolver coisas sozinha, por que eu quero e do jeito que quero.
Gosto de ter poder sobre a minha pessoa.
Gosto de ter poder sobre outras pessoas.
Mas isso ainda é uma imagem.
Porque na verdade, eu ainda não sou totalmente Mulher.
Sou muito Mulher pra muitas coisas, mas muito Menina para outras.
Na verdade, sou deveras dependente.
Independente para muitas coisas, mas dependente ao extremo para muito mais coisas do que gostaria.
O cacife eu banco, mas não estou ainda 100% livre de uma coisa chamada “crise de escrúpulos e/ou consciência” no famoso dia seguinte.
Acho engraçado e ao mesmo tempo enlouquecedor que as pessoas se sintam intimidadas por mim. Por verem em mim uma pessoa muito mais forte do que eu acho que sou. É quase ridículo. Quase, por que eu sei que se quiser posso ser um pouco perigosa, sim.
Confirmo o gosto, mas ainda não tenho autonomia nem segurança suficientes para poder ser realmente sozinha da forma que gostaria. Sozinha no sentido individual da coisa, não eremita ou coisa que o valha.
Meu poder sobre mim mesma ainda não é uma Brastemp, mas já está bem melhor.
Meu poder sobre as pessoas é quase ínfimo, é raro, e eu nem gosto muito dele de verdade. Esse poder é intimidador.
A minha (in)dependência é isso.
Uma imagem.
Uma coisa meio verdade, meio mentira.
Sou dependente.
Preciso de pessoas todos os dias, todas as semanas.
Funciono movida pelo meu coração, raramente pela mente.
Ao mesmo tempo, cada dia que passa, a Renata se torna uma pessoa mais real.
Que pensa e age por si própria.
Que se diverte e expõe ao admitir suas fraquezas.
Na verdade, eu sou apenas uma Menina, fantasiada de Mulher, que chega acompanhada dos amigos, fala o que quer, beija quem quer, se quiser volta sozinha pra casa e vem dar satisfações à mãe enquanto sonha com o Futuro...
Vamos todos entender que o fim de ano já está na portinha, que isso começa a me irritar, que eu estou parecendo um pokemón em evolução (é sério e é assutador), que eu estou dura e que quando eu fico sem emprego minha capacidade de pensar em porcaria é imensa e vamos então pôr algumas pérolas felizes aqui pra animar um pouco...
“- As outras frutas deveriam aprender com a banana.
- ???
- É! A banana é fácil de comer, de descascar, de carregar, combina com tudo e não deixa fiapo na boca! As outras frutas deveriam aprender com a banana.”
Depois ninguém sabe como foi que eu fiquei assim. Essa foi obra materna. Mereceu vir pro blog.
E enquanto eu voltava de uma apresentação de trabalho medíocre, por que eu não fiz o trabalho e tive muita vontade de confessar abertamente e minha participação de fato foi medíocre, e da minha vontade de verão de ir à praia ser frustrada pelo aparecimento de várias nuvens negras, encontrei várias pessoas na rua... Os amigos do Demônio estão a toda a volta e dessa vez eu nem sou 100% da gang...
- Rêêêê!!!
- E ae, dupla dinâmica?
- Nós vamos na Matriz hoje!
- To fora...
- Ah, não! Você vai com a gente!
- Não gente, não vou pagar 12 pratas só pra entrar lá...
- E se a gente pagar?
- Aí eu posso pensar...
- Beleza! Então você vai com a gente!
E foi assim que me convenceram a ir à Matriz hoje...
De resto eu finalmente consegui dormir um pouco, estou num puta mau humor por conta de estar de volta ao ócio, inchada feito um baiacu, de saco cheio... Compensa saber que semana que vem, entre segunda e quarta vou me ocupar tomando conta da loja pra Dea e Gugu, mas segunda ta longe ainda... :(
Agora sono da beleza para o balde de hoje à noite, se é que isso fez algum sentido...
Explicando melhor...
Sempre explicando melhor...
Todas as terças-feiras, durante muitos e muitos anos, uma rotina foi constante na minha vida: a de descer e encontrar com meus amigos no Pontinho para por a conversa em dia, trocar idéias, falar besteiras, enfim, vê-los.
Por anos! Eu e Felipe sempre descíamos depois de Buffy, eu sempre conseguia chegar primeiro com o Ricardo, que ou já estava lá com a Karla ou descia comigo, Haníbal ia depois do futebol, Bruno depois do trabalho, o Pi esteve presente algumas vezes, a Dea também, Chico e Anitas foram residentes por algum tempo... A mesa podia ser enorme ou compacta, dependendo do dia, mas era sempre ela, a do canto, todas as terças.
Aquela mesa passou dois namoros meus, algumas separações tristes, brigas, alegrias, aniversários múltiplos, lágrimas também... Aquela mesa sempre teve e vai ter um significado todo especial...
Nos últimos tempos era bem reduzida... Eu e Karla... Às vezes Dea, às vezes Pi, às vezes outras visitas ilustres...
O lance foi que aquela mesa, durante esse tempo, ficou sendo como um bibelô do e um passeio antigo e feliz... A reunião naquela mesa com as pessoas daquele tempo trouxe de volta um espírito que estava lá atrás, ao mesmo tempo feliz e melancólico...
Assim como eu mudei muito em tudo aquilo que sou e acredito, eles também mudaram... Na essência ainda temos tudo que uniu, mas somos pessoas diferentes agora... Foi uma noite boa, engraçada, com muitos risos, como era antigamente... Foi uma noite que me fez pensar em muitas coisas... Em como nós seremos daqui a 10 anos, por exemplo...
Uma noite que me fez pensar como a vida é sacana de desenterrar certas coisas e te fazer e perceber outras... Uma espécie de armadilha para seres em mudança...
Aí eu disse que estava vivendo a minha vida bem sem ele no momento...
O que tem um significado fortíssimo pra mim... Naquele tempo, se eu me apaixonasse por alguma pessoa, esquecia que tinha vida... A essa hora, provavelmente teria largado a faculdade, teria passado de cama pelo menos durante toda a primeira semana imaginando que meu mundo tinha caído e nada mais importava na minha vida... Eu sou uma pessoa difícil e geniosa de se relacionar, preciso de atenção e carinho constantes, preciso da presença da pele e da voz... Por isso essa fase é tão importante... Eu não larguei a faculdade, na verdade, como todo fim de semestre, nunca estive tão presente... Não caí de cama por que a vida acabou, não acabou. Eu tenho toneladas de coisas a fazer e conquistar. Outras coisas importam para mim também. Eu tenho uma dependência assustadora em relação a outras pessoas, sim, mas pela primeira vez, percebi que não posso me alimentar disso e que a minha vida é paralela a isso, continua acontecendo e não pode parar. O sentimento continua, assim como a minha vida... Foi isso que eu quis dizer...
E isso tudo junto, não pode deixar de ser irônico...
Eu sempre fui a pessoa que deixou de viver a vida própria, que sonhava com véus, grinaldas e vários filhinhos, que, pelas contas e tentativas já devia ter feito isso... No entanto, são outros amigos que estão fazendo... E eu estou okay com isso!
Digo sempre, que se pudesse, se Deus tivesse dado mole, eu realmente teria me casado (obviamente com as pessoas erradas, se bem que isso é uma especulação muito maior que um parêntese, uma vez que a pessoa certa pode errada e vice-versa), teria tido vários filhotinhos... Alguém consegue me imaginar sendo mãe de alguém com uns, digamos, 7, 8 anos (daí pra baixo)? Nem eu!
Hoje, agradeço por não ter feito essas coisas ainda... Por que antes de faze-las, preciso fazer a minha vida e a minha pessoa. Preciso de tempo para isso tudo e não tenho a menor pressa (ainda)... Estou crescendo, lutando por coisas que nunca lutei, construindo a Minha vida... E tenho certeza de que, daqui a alguns anos, a Minha vida vai estar em muito melhores condições de fazer essas coisas com outra vida do que estaria a alguns anos atrás... Às vezes, ter essas certezas pode ser uma coisa assustadora...
Enquanto isso vou crescendo e aproveitando isso da melhor maneira possível... Porque, de uma forma ou de outra, a sua maneira sempre será a melhor maneira, por pior que ela pareça...
quarta-feira, novembro 12
E Viva o Vasco!!!
Isso resume um pouco do que andou acontecendo durante a semana...
Quinta foi aquilo: encontro com os recém chegados no Pontinho.
Muito bom ver os dois bem, felizes, aqui, mesmo que de passagem. Matar as saudades ali naquele dia nem deu. Recém chegados sempre levam um monte de gente atrás que também quer um abraço, um sorriso, uma novidade. E foi bem legal.
Mas aí eu fui tomada também pelo espírito pós-demissão e quando todo mundo resolveu ir pra casa, eu vim em casa e fui pra Matriz com o Flavinho. Cenas engraçadas, amigos em volta, uma tremenda porranca e uma pusta ressaca no dia seguinte.
Sexta de salão de beleza, depois o básico: Bunker.
Reencontro com meu irmãozão sumido e querido Lula, leves estresses, mais amigos em volta, beijos e uma boa recompensa no fim da noite. Inesperada, nunca pensada, boa mesmo.
Sábado a vida continuou. Ida para Araruama no fim do dia com Lipe & Dani porque as pessoas adoram fazer festas do lado da minha casa. Estranho reencontrar um velho amigo com quem você não fala a muitos anos. Que era seu melhor amigo, companheiro, conselheiro e marido. Estranho. Me fantasiaram de havaiana, ganhei elogios, tirei fotos, conversei muito, bebi muito, ri muito. Foi bom rever todas as pessoas que sumiram. Foi bom esclarecer tudo e por as mágoas para fora.
Ruim foi perder todas as caronas disponíveis pelo simples fato de que ninguém conseguiu me acordar e ter que encarar um ônibus de volta. De volta ao Rio, domingo, banho e rua de novo. Nossa mesinha dominical já virou tradição e neste estava ainda mais cheia. Novos reencontros, abraços, pernas bambas, conversas.
Segunda, aula, estado quase vegetativo, mas lá fui eu de novo. Cobal seguida de Matriz. A mesma coisa. Encontros, festas, sorrisos, amigos, uma noite que inacreditavelmente conseguiu ser maravilhosa lá.
Ontem eu não era ninguém. Mesmo assim fui ver os meninos. Sentar, conversar mais.
Hoje, continuo exausta. Preciso dormir. Preciso pensar.
Passei rápido tudo por que hoje não quero contar tudo com detalhes. É muita coisa, são muitos detalhes.
Percebi que ando cercada de amigos maravilhosos, importantes, que eu tenho uma sorte imensa por isso. Percebi que no meio disso tudo posso ter ganhado mais um. A minha melancolia se deve ao medo de ter voltado à estaca zero. Um pouco reforçada, talvez, por essa volta de tantos velhos amigos. Preciso trabalhar, produzir, me formar logo, arrumar a vida em vez de ficar pulando por aí de bar em bar. Pular de bar em bar é legal, eu gosto, mas não pode ser nesse nível. Não assim. Me dei a desculpa que Lipe & Dani estão aí, que fui despedida, etc, etc,etc, mas meu tempo não é mais tão longo.
E isso é no campo material. Preciso cortar o cordão umbilical. Preciso me manter sozinha. Preciso produzir, acima de tudo.
Emocionalmente é aquela confusão eterna. Eu queria vê-lo, ouvir sua voz, abraça-lo... Ele pediu que eu esperasse. Eu espero. Mas enquanto eu espero, coisas acontecem. O pensamento dele ainda me acalma, me conforta. É um pensamento diferente.
A melancolia acontece, o medo de voltar ao zero também, mas eu reconheço, eu sei, que as coisas não são mais como eram ano passado. Sei que eu cresci. Sei que preciso fazer alguma coisa. Quando o pensamento cai nele, não penso em casar com ele pra ontem, penso em estar com ele só. Estou sabendo viver sem ele. Sei que preciso resolver certas coisas e ser mais adulta. É tudo meio louco. É uma fase complicada. Boa, mas complicada.
É bom ver que mesmo quando você volta a fazer coisas que não devia, faz direito, faz com calma, faz de outro jeito, se tornou uma pessoa mais responsável mesmo nesse sentido. É bom deixar os olhos abertos, enxergar as coisas. É bom saber e reconhecer que tem sorte.
Eu tenho muita sorte. Talvez não tenha aprendido ainda a usufruir dela direito. Não aprendi a lidar com o mundo adulto direito.
Mas eu chego lá.
Meus momentos vascaínos ficam para a mesa do bar.
Meus outros momentos ficam guardados só pra mim agora.
Hoje vai ser assim. Prometo voltar logo.
Preciso pensar.