Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sábado, novembro 1

- Flávio, bora tomar um chopp antes deu ir pro TIM?
- Beleza, deixa só eu jantar que eu te ligo.
- Falou.

Uma hora depois...

- Porra, meu irmão, cê foi fazer um cozido?!?
- hahahaha Foi mal... Deixa terminar o primeiro tempo do jogo que eu encontro você lá.
- Beleza.

Tá russo de sair meu chopp, mas pelo menos parou de chover!
:)

Aí um milagre acontece e eu vou poder ir ao TIM...
Aí chove pra caralho...
Aí ninguém quer que eu diga que o Universo conspira contra mim!

E o telefone...?
Nada!

Fila da Reencarnação

- Karminha grande o teu, hein, colega? A última vida deve ter sido uma beleza!
O sujeito fica meio embaraçado, risca o pé na nuvem sem jeito...
- Tá tranqüilo, malandragem... Tu não é o primeiro desse tipo que passa por aqui... Mas vamos ao que interessa: de acordo com a tua ficha a sua prestação de serviços vai ser pra vida inteira com folga de um mês a cada quatro anos, começando a contar do dia em que a sua pessoa completar quatro anos e já puder entender o quê acontece. A chefia quer traumas, sacou? O tempo de serviço em anos exatos é a única coisa que não foi determinada no teu caso. Tá seguindo?
- Arrã.
- Pra tua alegria, a chefia é legal e tu vai descer numa família bacana. Com problemas, por causa dos traumas, mas que vai te dar uma boa casa, educação e essas coisas todas.
- Tranqüilo...
Pega o tíquete de descida, começa a se encaminhar pro desembarque.
- Só mais um detalhe...
- ?
- Dessa vez tu vai nascer mulher.
- Puta que pariu...
Essa tinha sido a pior notícia do dia. E só de sacanagem, mesmo sendo mulher nessa vida, repetiu as mesmas cagadas de antes com agravantes, queria só ver o que iam lhe reservar pra próxima...

Uhmmmmm....
Então eu fiquei boa, né?
Ainda rola uma tosse de cão velho e ruim, mas tô boa já...
Sem vírus, eu acho...
Mas quinta ainda tava sinistro...
Pusta calorzão, geral num clima "é verão" (eu sei que ainda não é - só pra registro) e eu debaixo de um edredom enorme suando em bicas e dopada de remédio... Excelente!
Aí que eu tinha marcado com Pizão, né?
Na segunda, não foi? Acho que foi...
Não via o Pi tinha mais de mês, esse chopp maldito não saía nunca, tive que deixar as cobertas e comparecer, ele valia o esforço...

- Parabéns! Você nem ligou pra confirmar!
- Tá doido?!? Depois do último telefonema que eu dei, não ligo pra homem nenhum nunca mais!


E é assim que a gente começa...
Fodida, fodida e meia, caí no chopp...
E o Pi deve ter algum botão, cheiro, olhar ou coisa parecida que fazem sempre com que as nossas conversas tenham partes boas, mas também tenham lágrimas e reclamações que só ele escuta nessa vida... E entende... E resolve... E me faz rir de mim mesma...
Foi divertido, rápido, deixou gosto de quero mais...
Mês que vem a gente se encontra de novo, né?

Mas aí eu tive insônia...
E não foi insônia de dormir 3 horinhas... Foi insônia de não dormir mesmo... E com ressaca!
Tive ressaca de tomar 4 chopps, dá pra acreditar?
Foi uma noite espetacular...
Como eu sou uma moça ixperrtona, ainda por cima esqueci de roubar os óculos escuros de mamãe, saí de preto, encarei aula de transportes e fui trabalhar pra compensar os dois dias que faltei por que estava gripada de verdade... Argh!
Vou passar o domingo na igreja rezando pra ver se eu realmente vou conseguir resolver, bom, arranjar seria uma palavra melhor, minha situação financeira (sinto muita vontade de gargalhar quando penso, escrevo ou falo isso - situação financeira) e pensar nisso ocupou um bom bocado do meu dia na sexta... Também ajudou a me deixar mau humorada...
Depois meu irmão veio ao Rio... Eu, preocupada, precisava da minha identidade pra poder provar a irmandade e não achava de jeito nenhum, o que também contribuiu para meu estado de humor, uma vez que perder as coisas, quando eu acho que a culpa não é minha, me irrita num nível inimaginável... Mas o moleque é mais ninja que eu e foi pro TIM, então foi mosquito a toa na cabeça... Morta de saudades dele, mas ele deve estar perdido numa praia qualquer a essa hora...
Depois, quando eu estou quietinha no meu corner, quando eu já arrumei todas as justificativas psicológicas para a conformação, quando eu tento domar a saudade que teima em bater, pimba! Lá vem ele me cutucar... Lá vem ele dizer que vai ligar... Lá vem ele de novo... E eu sei que ele não vai ligar, sabe? Sei que não vai aparecer... Por que quem tem saudades ou quer ver alguém de verdade, liga ou aparece de verdade... Não existe desculpa... Ele só quer que eu continue assim, pensando nele, presa a ele e isso não é justo... Não mesmo... Ganhei uma estrelinha dourada dolorosa pra burro ontem...
Depois eu mereço uma morte lenta e dolorosa por que a Nanda me liga dizendo que tinha um ingresso sobrando pro White Stripes e eu não pude ir por que eu tinha que trabalhar!!!
Morte...
Lenta...
E...
Dolorosa...

Foi a gota d´água... Me arrumei aos prantos... Urrando de raiva do Universo... E foi assim que eu saí de casa...
Com os amigos unidos, chopp e show dos Imperdoáveis (de novo), meu humor foi melhorando... Com a escapada estratégica pela direita para a Edição Especial Nós Não Fomos Ao TIM da Aliennation, melhorou mais um pouco...
Chego em casa, Nanda liga, vem pra cá, as duas bêbadas conversando até dormir no meio da frase...
Meu humor ainda não está 100%...
Olhar pro telefone me incomoda, preciso fazer as unhas, dormir, beber, descobrir como ir pro MAM... É, penalizada com a minha situação mamãe liberou a verba pro After Hours... Né nada, né nada, já é alguma coisa...
Salvam meus amigos, tirando isso...
Ai, ai...

sexta-feira, outubro 31

Meto uma bolacha muito bem bolachada na cara de quem tiver a coragem de dizer que hoje não é dias bruxas!
Ódio do Universo!
Grrrrrrr!!!!

...Tem dias em que eu queria tanto ser a destruídora de lares que as pessoas acham que eu sou...!
Ai, ai...

Me rendi!
Tenho um flog!
Portanto, pessoas que tem fotos minhas, mandem-me por e-mail que eu vou precisar....

Alguém me dá teto esse fim de semana?
Eu lavo, passo, cozinho e prometo não incomodar muito....

quinta-feira, outubro 30

Ficar doente é uma merda...
Se eu ainda ficasse doente morando sozinha, vá lá, mas aqui não dá... Além de não fazer sequer uma zopinha pra mim, ainda pega no meu pé por isso... E acha que é golpe...
Fora a carência... Doente fica carente...
Febres horrorosas, delírios, sensação de abandono, ah...!
Que semana linda!
Ainda por cima meus planos de sair hoje foram absolutamente avacalhados por isso! Doente que mora sozinho sai... Doente que mora com a mãe, dorme... Fica pra amanhã...
Ponto bom? To fumando menos... Cada cigarro que eu fumo parece que o pulmão vai saltar fora, então eu não fumo... E o sono... Pôr o sono em dia é bommmmmmmmmm...!
E o mais legal: não é a “Síndrome da Dama das Camélias”! É gripe mesmo!
Foda é que com o corpo mole assim não deu pra arrumar nada aqui dentro de casa...
Mas, enfim...
Tenho “consulta” com o Pi, finalmente, daqui a pouco...
Sejam felizes!
Fim de semana, nem que seja de maca, a gente se vê por aí...
Ou não...


Eu ainda não descobri por que de vez em quando o telefone toca e só bipes falam comigo... Poltergeist?
Saco cheio da minha vida... Mas o saco é tão cheio que eu nem vou reclamar...
Ainda não descobri como se ganha dinheiro...
Ainda por cima estou doente desde segunda... Doentes têm direito à drama... Mas vou fazer meus dramas lá na minha cama... É mais confortável...

Eu, você, todo Mundo é apenas um copinho de plástico

É isso aí...
A Modernidade é linda!
Nos deu aparelhos eletrônicos de alta futilidade e engenhosidade, cartões de crédito, comida congelada, amigos virtuais e toda uma sorte de coisas que nós, produtos da mesma, jamais sobreviveríamos sem...
(É só lembrar daquela série em que uma família deveria viver nos moldes vitorianos)
E com todas essas facilidades de vida (é possível viver sem sair da cama) trouxe mudanças de comportamento também... Até aí tudo bem, evolução, certo? Certo...
E discussões sobre as mudanças de comportamento entre as espécies brotam aos borbotões e ainda brotaram muito mais... Mas aqui eu não vou discutir nada... Vou afirmar...
Todos nós não passamos de copinhos de plástico.
Por quê? Por que isso é uma conseqüência da Modernidade. Viramos objetos descartáveis. As pessoas se conhecem, trepam, dizem tchau e nunca mais se vêem... Ou se conhecem, trocam um beijo, casam na semana seguinte e se separam no mês seguinte... Nada dura... É descartável...
Casos raros ainda acontecem, é verdade... Mas o "até que a morte nos separe" foi indubitavelmente substituído pelo "que seja eterno enquanto dure"... Até para os casos raros...
Dizer "eu te amo" devia ser uma coisa especial (eu só digo especialmente e me lembro de duas vezes em que me disseram a mesma coisa igualmente especiais), mas hoje, com a Modernidade, todo mundo ama todo mundo... Virou uma frase banal... Uma frase que deveria ser especial de repente é usada em 10 minutos... Como se ama alguém em 10 minutos?
Por isso que algumas pessoas, coitadas, vivem se enfiando onde não devem... Vão com muita sede ao pote... Procuram desesperadamente alguém que mereça ouvir "eu te amo"... Nutrem amores antigos que valiam a pena o uso da frase por anos... Sofrem verdadeiramente por amor...
Essas pessoas, coitadas, vão sofrer a vida toda... Vão casar e descasar várias vezes... Vão achar os amores de suas vidas umas quinze vezes, sempre com a sensação que desta vez ganharam o bingo acumulado...
E vão descartar...
Ser descartadas...
Trepar e dizer tchau...
Várias vezes durante esse ciclo...
Coitados dos copinhos de plástico...


quarta-feira, outubro 29

Não sei se o texto é realmente dele, mas tem coisas no mínimo relevantes... Recebi por e-mail e resolvi postar aqui... Divirtam-se...

Foda-se"

Millor Fernandes

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional à quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do"foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta.
"Não quer sair comigo? Então, foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho mesmo? Então, foda-se!". O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Os palavrões não nasceram por acaso. São
recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua.
Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um
dia. "Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol
é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?
No gênero do "pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" é tão pouco ou nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade. "Não, absolutamente não!",
também, não o substitui. O "Nem fodendo" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida.
Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo, nem a paciência. Solte logo um definitivo:
"Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!" O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma, numa boa, e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicinio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente às situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também, o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a
atitude daquele chefe idiota senão com um PHD "porra nenhuma!", ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!".
O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone",
"chepone", "repone" e mais recentemente, o "prepone" - presidente de porra nenhuma.
Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta-que-pariu!", ou seu correlato "Puta-que-o-pariu!", falados assim,
cadenciadamente, sílaba por sílaba... Diante de uma notícia irritante qualquer um "puta-que-o-pariu!", dito assim, te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.
E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no meio do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no meio do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e sai à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.
E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação?
Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como, quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de
habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: o que você fala? "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e "foda-se!!!".


Falar de fim de semana em plena quarta-feira é foda...
Por que quarta-feira é justamente o meio da semana...
Não é início, nem fim, é meio... Sexta já passou a muito tempo e a outra sexta está estourando aí... Então vou resumir...
Parte II é o caralho, tá?
Sexta – Show do SDR no Sintonia (projeto de caralho que está rolando todo mês na UFRJ da Praia Vermelha de grátis e que trouxe uma porrada de recordações), Bunker, pocinhas, balde...
Sábado – Ressaca, encontro do Fórum da Aliennation, Bunker, vontade de matar os meninos do metal por que esqueceram de mim...
Domingo – Matriz (a nossa amada Sundae Tracks), Empório, 3 amigos bêbados e com problemas emocionais, excelente!
Segunda – Retorno à ginástica, tragédia já prevista, várias ligações, Jantar na Pallace... O telefone toca algumas vezes de madrugada, ninguém fala nada...
Ontem – Pusta resfriado, cama o dia todo, tosse de cachorro, sem respiração... Descobri que preciso voltar a ver tv por que não sei mais nada de vida de ninguém, minha cultura “Caras” ta quase a zero...

Hoje...
Hoje eu mal acordei!
Já consigo respirar, mas não estou 100%, faz um sol horroroso, eu vou ao Jardim Botânico daqui a pouco e tomei café aparentemente sem sofrer com isso...
Não tenho a menor idéia de como será meu dia... Aposentei as previsões por algum tempo...
Vomitei meu coração de novo (“O amor não existe”)... Deixei para me preocupar de novo com questões práticas como faculdade e dinheiro...
Os detalhes sórdidos?
Ah aconteceram alguns... Quem sabe, sabe, eu não tô na pilha de contar... A puta interior vai bem, obrigada...
Queria ir ao Percpan, ao TIM, a Bahia, a um monte de lugares...!
Sabe pronde eu vou?
Pros mesmos lugares de sempre... E de volta ao bom e velho esquema de carregar a vodka vagabunda na garrafa (parar de beber e liberar a puta interior são coisas incompatíveis, sabe?)... Vou inaugurar uma série do tipo como sair com apenas R$ 10,00 e ainda levar troco pra casa...
Estou alucinando de vontade de fumar um cigarro... Achando que boto os pulmões para fora quando fizer isso...
Preciso ligar para a Ana, falar com a Dea... Admitir que os meus amigos tinham razão, sim... De novo, se formos pensar bem... Tudo bem... Não sei bem ainda se continuo em estado de choque ou se simplesmente me toquei de que isso já estava subentendido há algum tempo e eu já devia ter caído na real... Talvez eu mesma ache que assim é melhor... Talvez eu mesma ache que mereça coisa melhor... Nem é hora disso... É hora de subnegar poderes e largar a “síndrome de dama das camélias”... De novo...
Tenho tempo e dinheiro perdidos para compensar e ganhar no meio dessa história...
Quero descobrir por que, pelo menos uma vez por dia, tenho pensamentos recorrentes (“Acho lindo a senhora não ter pressa, mas dá pra dar licença?”)... Quero ter uma vida linda... Quero futilidades... Quero companhia...
Acordei num dia de “quero”... Acordei...

terça-feira, outubro 28

Me ajuda ae:

"O desejo de liberdade é muito forte no começo da semana, embora você ainda não tenha descoberto que tipo de liberdade você tanto anseia.

Em se tratando de romance, tudo vai bem com seu coração, e a saudade traz seu companheiro/a junto a você nos momentos em que precisa. Você descobre o que é estar realmente ligado a uma pessoa. Os descomprometidos têm uma semana de descobertas surpreendentes.

No trabalho, seu talento só será reconhecido se você aprender a mostrá-lo a seus superiores. Não tenha vergonha de apresentar seu bom trabalho. Os que procuram emprego devem buscar velhos amigos e contatos para conseguir entrevistas e propostas. "


Essa foi a previsão do horóscopo #1 que eu leio todo dia para a semana (por que tem mais detalhes... mulheres adoram detalhes, sacou?)... Que conclusão podemos tirar?
Ajuda ae que eu tô cheia de vinho na lata com poucas horas pra dormir, trocaram meu nome, me dei mal, comi feito uma vaca depois de perder 2 horas na academia, tenho aula de história da arte as 8 da madrugada, enfim...

O resto do fds eu explano depois... Agora não dá... Não quero... Deixa o estado de choque durar que estado de choque é entorpecente (junto com o vinho e as caças) e entorpecimento é fundamental para uma noite de quase sono...

segunda-feira, outubro 27

Só um pensamento me ocorre no momento:

Me Fodi!

Rebobinando... Parte I

Rebobinar. [De re- + bobinar.] V. t. d. Ind. Pap. Bobinar nova e definitvamente, para expedição (o papel recém-fabricado na máquina contínua), desenrolando-o da enroladeira e, quando preciso, cortando-o longitudinalmente.

Quarta-feira...
Véspera de viagem... Como toda véspera de viagem, choveu... No fim do dia fui às compras com Karlota e resolvemos emendar um chopp de fim de tarde... Oito chopps, depois padeci na cozinha até as onze da noite... E como quando eu cozinho para mais de uma pessoa, a tendência é o exagero, talvez esteja fadada a comer o raio da pasta de frango pelo resto da semana... Assim sendo, dias e mais dias de insônia, fila de supermercado, chopps, quilos de pasta de frango e vários sanduíches previamente cortados e embalados depois encontrava-me pronta para a primeira noite de semi-sono da semana... Praticamente falando japonês, digamos assim...

A Viagem (ou A Grande Furada do Mês)

A explicação do processo de sanduíches se explica agora: a minha turma de faculdade é excelente, vocês sabem, então, quem resolveu embarcar na epopéia fez uma espécie de pacto se comprometendo a fazer algum tipo de iguaria para aplacar os estômagos furiosos durante a viagem... Farofada? Com certeza! Mas, ah caramba, isso lá ia fazer diferença? Além do quê, sou obrigada a admitir que a parte onde brotavam diversas espécies e sortes de comidas de dentro de todas as bolsas ajudou um bocado a fazer da coisa um pouco mais suportável...
Enfim, quinta-feira, 4:20 da madrugada, me levantei e comecei a me preparar para sair... O horário marcado era 5:45, mas levemos em consideração que eu sou meio lenta para arrumações, precisava tomar café, essas coisas cacetes... Chovia pra caramba, rolava um certo medo de que a viagem tivesse sido cancelada, uma vez que eu sou sempre a última a ficar sabendo das coisas, mas... Fé em Deus: chama o táxi!
O taxista, uma figura que já me deu uma pista de como seria meu fabuloso dia, conseguiu se perder feiamente, apesar de ser avisado por rádio qual era meu “quadrante”, começando a avacalhação... Segundo ele, esteve aqui na porta de casa, mas achou que estava no lugar errado e foi pro Leme... Leme! Longe pra cacete daqui! Bairro Peixoto, Leme, pomba! Eu devia ter saído 5:30, saí as 5:50 depois de discutir horas com a pobre mocinha da central que teimava que o cabra estava parado debaixo do meu portão... Pânico, correria, vários puta que pariu depois, chegamos...

- A senhora não tem trocado, não?

A frase me foi dita com uma inacreditável cara de quem comeu e não gostou... Não, não tenho trocado... Mas tinha uma vontade, que consegui conter com êxito, de enfiar o guarda chuva na cabeça dele... Depois de toda essa confusão, a criatura ainda me solta uma dessa?!? O dia ia ser bom...
Desculpas pedidas, beleza, vamos embora!
Meu figurino para “um dia no parquinho” que consistia em trancinhas, pulseiras verdes e camiseta laranja despertou gargalhadas, espanto e todas essas coisas que acometem as pessoas quando eu resolvo sair colorida... Mas dessa vez eu fiz de propósito... hehehehe
Convenhamos que achar alguém de camiseta laranja dentro de um parque é mais fácil que achar alguém de camisa preta, fora o fator “eu posso torrar se fizer sol”, o que ia ser desagradável... Enfim...

Primeira parada: posto de gasolina em local desconhecido, ermo e suspeitíssimo para que o motorista fosse na garagem do ônibus pegar o microfone... Como vocês sabem, em viagens de grupo e mico, o microfone é parte essencial da coisa... Os fumantes agradeceram e desceram para rápidas baforadas com fiscalização desta que vos escreve para que todos prestassematençãopeloamordedeus na hora de apagar os cigarros, uma vez que uma das minhas grandes paranóias na vida é de um dia explodir sem querer um posto de gasolina e ter uma morte totalmente sem glamour... Felizmente, seu moço motorista voltou antes disso...

Segunda parada: campus Bonsucesso (sei lá qual é o nome daquilo, tem nome, eu só não sei qual) para pegarmos mais 4 passageiros...
Excelente! Podemos ir?
Podemos...
Oficialmente, a viagem começava ali... A essa altura, já eram 7:00 da manhã... Metade estava muito animada, metade estava ainda em Bagdá dada a hora... Dessa vez foi tudo diferente: nós, o pessoal chatão de Ipanema sentamos no fundo do ônibus para seções e mais seções de bagunça infinita... Nossa guia se apresentou, disse o roteiro, blábláblá...

Momento Kodak: em cima da minha cadeira tinha aquela paradinha que abre e fecha controlando o ar condicionado, ou melhor, não tinha... Logo o ar descia em peso sobre a minha cabecinha... Pensamento vai, pensamento vem...
- Precisava de alguma coisa que grudasse aqui, né?
Prontamente a Lygia sacou um Carefree de dentro da nécessaire que foi prontamente posto no buraco, causando várias gargalhadas, fotos e a primeira decoração do ônibus!

Mais ou menos por aí, talvez por falta de nicotina, talvez por falta de café da manhã mesmo, o Júlio começou o rodízio de iguarias... Seus famosos sanduíches (os dele), Lygia desempacotou um verdadeiro arsenal para preparação de chás e cappuccino, e hoje é segunda eu não me lembro mais quem desempacotou o quê, na verdade... O lance da ida foi comer desenfreadamente e ver “Vida de Inseto” no vídeo na TV do ônibus... Bom, ver, ver mesmo, foi meio complicado por que até meia hora atrás eu não tinha a mais remota idéia de por onde andavam meus óculos, e se eu já enxergo mal numa TV de 29” imagina numa de 14” que está lá longe... Por sorte a Bia me dizia que aqueles pontinhos eram formigas... hehehehehe

Até aí tá calmo, né?
Bexigas quase estourando, tempo ainda com chuva, quatro doidos alucinando por falta de nicotina, 10 da manhã...
Parada!
Saltamos do ônibus de cigarro na boca e correndo pro banheiro, coca-cola providencial para a minha pessoa, mais um cigarro enquanto o resto do grupo era resgatado (Alexandre conseguiu se superar e ser sempre o último do resgate durante toda a excursão) e de volta para a estrada!

Mais duas horas e porrada de sofrimento, fim de filme, papo, comida... 12:00... Início de soleil... Parada... Xixi... Nicotina... Previsão de chegada: mais duas horas... Mais duas horas?!? Como assim?!? A gente não devia chegar 12:00?!? Ai...!
Foi aí que a coisa começou a ficar feia... A Bia morou algum tempo em Jundiaí e costumava levar as filhas no parque, sabia o caminho de cor e salteado (só foi conosco pelo perrengue mesmo) e começou a perceber que o motorista estava pegando estradas erradas, fazendo voltas desnecessárias e indo pro lado oposto! Olhos nas placas, suspeita confirmada, pânico, revolta, início de motim! Chegamos a Campinas!
O cara realmente se perdeu e passou muito do ponto!
Dá pra imaginar? Um cara que dirige pra uma empresa de turismo e não sabe como chegar no lugar que deve ir? Hein? Dá pra visualizar a fumacinha que saía dos meus ouvidos? A minha carinha de Nikita enraivecida? A coisa chegou a tal ponto que eu estava quase mandando parar o ônibus e descer com o motorista! Mais uma vez, mais um motorista perdido, mais uma raiva contida com êxito pela minha coleguinha... Fato: depois de muita volta, chegamos na parada 14:20... Tão contando as horas de viagem?
14:20 no shopping em frente para os menos enraivecidos irem ao banheiro...
Eu fui ao cigarro...
Aí vem a Guia, que tentava, entre outras pessoas, conter meu estado psicopata...

- Eu vi que você ficou meio tristinha...
- Tristinha nada! Fiquei foi puta mesmo! Onde já se viu isso, blábláblá!!!
- Sabe o que acontece? Eu não podia chegar lá e dizer pro motorista que ele estava no caminho errado... O trabalho dele é esse, ficava meio chato, sabe...?


COMO ASSIM???
Acho que meu olhar disse tudo nessa hora... Dá pra argumentar ou discutir diante dessa justificativa brilhante? Foi o que eu achei também...

- Ah, Renata, tira essa cara... Tenta se divertir...
- Vai passar... Me dá um tempo e uma coca-cola que passa...


O motorista ainda fez o favor de descer do ônibus e ficar passeando do meu lado... Estrelinhas douradas para mim que me segurei e faixa (não sei bem se de estupidez ou coragem) pra ele que não tinha idéia do risco que estava correndo...

(Nota: Eu sei... Agressividade 200... To providenciando algum tratamento, juro... Admito que ando um pouco descompensada... Mas eu ando segurando... Admitam!)

Bom, cartãozinho na mão, neguinho gritando “Ah, vamos brincar todos juntos! Yey!”, por esperarmos a Bia, ficamos eu, ela e Sistela sozinhas já que o resto não se agüentava dentro das calças de excitação... Por sorte nós tínhamos um mapa, um relógio e a Bia... Corremos para o primeiro brinquedo...
Olha como nós somos sortudos: todos, eu disse TODOS os colégios da região tinham resolvido fazer excursão pra lá também! Não é legal? Filas supimpas, adolescentes inacreditavelmente mal educados, uma confusão do cacete e um sol de rachar o crânio! Excelente, né, não?
Bom, na fila, eu quase emburaquei um adolescente desses que insistia em tentar nos atropelar... Quase... Primeiro brinquedo, seguranças e porrada não me pareceram boa idéia... Mas...

- Vem cá, meu filho, atropelar a gente não vai fazer a fila andar mais rápido, não, sabia?!? Dá pra dar um pouco de espaço?!?

Depois eu soube que todo mundo que tinha ficado passado com o seu moço motorista se enfiou numa dessas na primeira fila, que eu não fui a única... Por essa, eu tenho total absolvição... Além do quê o moleque adorou e resolveu que a fila dele tava ganha, mas eu, sinceramente, acho que ia ser covardia...
Enfim, 45 minutos depois, passamos 10 minutos vendo um filminho sobre dinossauros naquelas cadeiras que balançam e mexem e tremem e pronto, cabou... Bom, pra Bia acabou mesmo, que ela tinha compromisso no Rio e precisava ir embora, eu agarrei a Sistela e fui para a próxima fila...
Montanha russa pequetita e no escuro... Bacana... Mais 40 minutos de fila pra 3 de brinquedo... Excelente!
Outra fila... A mesma coisa...
Aí a Sistela teve a idéia de ir atrás do carrinho bate-bate, lembram disso? Corre daqui, anda dali e achamos a parada... Levando em conta que o parque tem 200 máquinas de refrigerante e nenhuma delas funcionava e eu estava seca de sede e que já que eu estava lá... Foi a primeira grande idéia lá dentro!
E foi daonde saiu meu único hematoma do fim de semana... Vocês sabem que todo fim de semana eu arrumo um... O desse foi por conta de uma batida de carrinho bate-bate...! Tá lindão! Grená!

(Grená. [Do fr. grenat.] Adj. 1. Que tem a cor da granada (3): vestido grená. 2. Diz-se dessa cor: gravata de cor grená. . S. m. 3. Essa cor.)

Mais uma fila, mais um brinquedo que fazia nhémnhééémmmm e me deixou com medo de despencar de uma altura considerável... Hora de dizer tchau...
A companhia da Sistela foi ótima! Divertidíssima!
O parque realmente possui um apelo visual sensacional, muito bonitinho mesmo, mas os brinquedos ou são do tipo “teste seu coração” ou são “coisa de criança”, não entendi qual foi do baile funk no meio de uma das áreas, não vi um mísero segurançazinho, os funcionários estavam tão atrapalhados quanto todo o resto daquela gente que ali se encontrava... Sei lá... Pra uma visita, vale a pena... Na verdade, eu até gostaria de voltar com calma e sem gente pra poder ver as coisas direito... Mas convenhamos que no nosso caso... Sei não... Pareceu esforço demais pra coisa de menos...
No fim das contas, nós fomos recordistas do ônibus por termos ido a mais brinquedos... Claro que pobre deslumbrado é uma merda, então demoramos horas pra conseguir juntar o resto do povo pra voltar ao Rio (“Vê lá se esse motorista sabe o caminho de volta, hein!”) por que estavam todos comprando lembrancinhas...
Eu sei é que nós entramos no ônibus e recomeçamos a orgia gastronômica de cara... Eu não conseguia mais me levantar da cadeira e de vingança ainda tirei o tênis! Hohohohohoho
Saímos de lá 19:30... Previsão de chegada: 3:00...
Urrú!!!
Como já estava todo mundo de rabo quente mesmo, entramos numas de ficar jogando aqueles joguinhos do tipo “eu fui à feira...” , karaokê e coisas do gênero que não têm a menor graça escritas aqui até a...? Parada!
40 minutos pro motorista jantar!
“Chegar no Rio só segunda mesmo... Quê que são mais 40 minutos, hein?”
Depois disso, até euzinha, que não consigo dormir em ônibus por que gosto de prestar atenção na estrada, dei um jeito desconfortável qualquer e dormi... E estou dormindo, feliz, crente que já estávamos chegando, olho o relógio: 1:30... 1:30! A impressão era de que a viagem não ia acabar nunca! A mesma que quem tiver saco deve estar tendo agora ao ler isso só que multiplicada por, digamos, 30...
Mas, realmente, 1:30 depois, conseguimos chegar à Lagoa! Exaustos! Sujimundos! Entupidos de comida até as orelhas! Com sede!
Até chegar em casa, tirar a roupa, me curar do nojo de mim mesma...
Bom...
Deu pra entender agora por que foi a Grande Furada do Mês? Deu pra entender por que eu estava tão devastada? Sacaram o quê essa faculdade tão bacana faz comigo? Entenderam que eu sou uma super mané que vive se enfiando em furadas?

E daqui a pouco eu conto do resto do fim de semana, que até escrever esse testamento todo me deu cansaço...

domingo, outubro 26

Sou só eu, ou tem mais alguém por aí morrendo de tédio?
Que domingo chato...!
Já fiz unha, faxina, comida, passei mal, dormi, acordei, li, joguei, vi tv e ainda são 19h!!!
A onda não acaba!
E o telefone não toca...
Tocou uma vez... Mas não quero contar aqui, não... Não hoje...
Dizem que quanto mais a gente pensa nas pessoas, maiores as probabilidades delas aparecerem... Não procede... Se fosse assim eu não estava aqui...
É todo mundo doido! Só digo isso... Todo mundo!
Saco...
Passa logo, tempo!
Hoje que eu quero, não passa!
Uhmpf!
Vac me disse pra estudar... Eu precisava... Mas estou sonolenta e entediada... É a única coisa que eu não quero fazer hoje, sabe?
Não quero...
E os meus amigos? Onde estão?
Provavelmente tendo um domingo bem melhor que o meu...
Não tem nada doce em casa...
Acabou a coca-cola e eu estou sem voz... A voz de ontem virou de anteontem...
Será que eu devo desculpas a alguém?
Toca, telefone, toca...
Acho que vou dormir...
Também não quero contar agora sobre o fim de semana...
Ele não acabou...
Só depois que acaba...
Tudo anda acabando...
Chato isso...
Quero coisas que não acabem assim tão rápido...
Por que algumas semanas é muito rápido mesmo...
Pouco tempo e ao mesmo tempo muito tempo, sabe?
3 semanas foram pouco, 2 semanas são muito...
Daqui a pouco, isso tudo vai ser nada comparado ao todo...
Chega...
Por agora...

Pronto!
Nada como o ócio!
Ficou bonitinho, em ordem alfabética, sem miscigenação, belezinha!
Ponto positivo para a diminuição de carga de culpa na cabeça!

Eu juro que é a última vez que eu falo nisso...
Que o processo de abstração já está em andamento...
...Mas será que você não sente MESMO nem um pouquinho de saudades de mim...?

Que porra de hiponcodríaca de araque sou eu que não tenho nenhum antiácido em casa?!?
Maldita carne de soja!!!

* Por que a casa não se arruma sozinha?

* Por que o telefone não toca?

* Por que os comentários ficam sumindo toda hora?
(ninguém comenta nada, mas é feio...)

Eu tenho certeza de que o Universo está aprontando alguma seríssima para com a minha pessoa... Não é possível que as coisas continuem saindo tão direitinho (na medida que me cabe) assim tão numa boa....