Essa coisa de ficar sem internet em casa é muito ruim.
Toda a minha essência nerd se retorce de desgosto porque perde fofocas, convites e deixa de falar com amigos muitíssimo queridos justamente porque não dispõe dessa ferramenta muderna!
Olha só que coisa louca, você deixa de falar com algumas pessoas e perde alguns assuntos porque não tem conexão com o Mundo Virtual!!! Sacou a barbaridade??? O que aconteceu com o telefone? Com a carta? Com as visitas?
Mundo mais doido...
Mas o que mais me aborrece mesmo, não é falta da movimentação virtual, dos meus brinquedinhos e bichinhos que não existem de verdade; é a falta que escrever me faz.
Amigos eu vejo.
Brinquedos eu tenho.
Bichos também.
Mas, por algum motivo, escrever em papel não me é mais tão sedutor quanto escrever nessa tela brancona com esse tracinho piscando. Talvez tenha a ver com a facilidade em arranjar as partes do texto. Tem a ver com fazer comentários imbecis sobre coisas que te irritam quando o seu cachorro não constitui uma companhia inteligente o bastante para que você se dirija a ele, mas sim a alguma pessoa qualquer que você nem sabe se vai ler isso aqui ou não.
Tá.
Há alguns meses eu realmente não queria escrever nada sério porque tudo que era sério, que é sério neste momento tem a ver com uma pessoa que ainda não chegou, que virou meu mundo de ponta cabeça, mas que com certeza vai torná-lo muito mais divertido. Eu não tava afins mesmo de expôr nada, não.
Nem ando com vontade de dar detalhes.
Mas, pôxa, faz falta escrever um texto sobre a primeira roupinha que eu tentei comprar para a minha filha, ou sobre as seqüelas físicas de estar nesse estado interessante, ou sobre a vontade de comer esfihas de queijo...!
Faz falta registrar um pouco disso, mesmo não querendo que surjam holofotes sobre a cabeça da criança. Ou da minha. Ou do pai dela.
Tudo isso pra quê?
Pra justificar que no início era segredo sim, mas que hoje é falta de conserto mesmo e que eu tô com saudades disso aqui e etc, etc,etc,etc...