Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

quarta-feira, abril 14

É.
Eu estou um pouco insuportavelmente inquieta hoje.
Sorte que amanhã (hoje) é aniversário da Tati e vamos todos sair para dar umas voltinhas por aí, o que deve me acalmar...

Ah, não...!
Minha vida não é só fingir que faço faculdade, fofocar com as amigas no telefone, ver tv e dormir quando eu quiser...
É quase isso, mas não é só isso.
E, na boa, não sintam inveja.
Eu trocava muita coisa com vocês facinho, facinho...

Eu ia começar esse “negócio” com a clássica “é engraçado...”.
Mas aí eu percebi que não existe nada de engraçado em coisas que fazem seus miolos fritarem e você se sentir o último ser humano da face terrestre.
Bom, eu estou exagerando um pouco, como sempre. Não me sinto o último ser humano da face terrestre e nem posso, mas que eu ando bastante incomodada com certas coisas, estou, como sempre também.
É, foi uma confissão de culpa. Estou sempre preocupada com o que não devo e quando não estou, descubro coisas novas para me preocupar com, fora as preocupações que eu realmente devo ter, fez sentido?
Enfim...

Naquele eterno processo que não acaba de mudança contínua, resolvi, mais uma vez reavaliar meu passado. É uma coisinha complicada essa coisa de passado, sabe?
Por um lado, eu fiz coisas que pouquíssimas pessoas fariam, fiz quase tudo que quis e tive que brigar muito para poder agir dessa maneira, e isso é motivo de orgulho.
Agora, por outro, fiz coisas que realmente não foram legais com pessoas que não mereciam tanto, existem pessoas por aí que não gostam nada de mim e eu me lembro (ou fico sabendo) de coisas que fiz e das quais eu hoje sinto uma vergonha imensa, o que não é nada legal.
Eu briguei tanto pelo direito de fazer o que queria, quando queria e do jeito que queria que ter vergonha de coisas que eu fiz é um passo mais que atrás!
Ficar chateada porque as pessoas não gostam de mim sem sequer me conhecer também não é bom. Pensando bem agora, eu já fiz isso muitas vezes, e como tudo, a gente só sente como isso não é bacana quando acontece conosco. Não é bacana não gostar das pessoas sem sequer saber quem são elas ou como elas são. Mas, esse pensamento só leva à velhas conclusões (a) de que eu sou do tipo “ame ou odeie” e (b) de que pouquíssimas pessoas das que me conhecem realmente me conhecem de verdade.
Existem coisas boas, claro. Eu nunca tirei meu corpo fora de nada e sempre assumi meus erros e sempre que realizo que ,sim, eu fui responsável por mais uma grandessíssima cagada boto meu rabinho entre as pernas e peço desculpas humildemente. Assumir e reconhecer erros. Qualidades que eu tenho e poucas pessoas têm.
E tá, não se pode agradar Gregos e Troianos. A opinião alheia nunca importou, eu tenho os meus amigos que me amam, blábláblá, e isso seria um puta discurso se eu não estivesse numa fase em que eu preciso, pela primeira vez na vida, que todo mundo me ame.
Não é uma coisa que ocupe minha mente em tempo integral. A briga entre racional e irracional acontece todo dia, mas não com essa intensidade toda. Incomoda pra caralho essa coisa de pessoas misturado com essa coisa de passado, mas fazer o quê a essa altura, hein?
Porra.
Quanta neurose escrota!

Aí, eu entro em outra, o Medo.
Clichê pra cacete entrar numas de Medo quando todo mundo no Mundo está com Medo. Aliás, clichê nada, bizarro, mas...
Eu, que, de uns tempos pra cá era um Manifesto Anti-Medo ambulante, me transformei de repente em uma cagona em tempo integral. Tudo me dá Medo.
É um Medo enorme!
Um Medo que eu não posso nem dizer que tenho, que eu não gosto nem de pensar que existe, mas que está me fazendo companhia todo dia.
Numa escala menor, é o medo de atravessar a rua, numa maior é o de tudo dar errado, não conseguir as coisas que eu quero nem o que se espera de mim.
É foda.
Não tô pronta nem pra escrever sobre ele, como acabei de descobrir.

Olha só quanta coisa.
De repente, culpada, envergonhada, fracota, medrosa.
Eu não estou num dia legal, eu sei, mas admissões de fraqueza são preocupantes.

(Interessante, de cada dez posts dos últimos meses, pelo menos uns 7 são reclamando, isso não é feliz? Pobre blog...)

terça-feira, abril 13

Como foram de Páscoa?
O merda do coelhinho não me trouxe nada, mas tudo bem, menos calorias.
Mas que confirma que ele é um bicho muito malvado, isso lá confirma.
Quer maldade maior que privar chocólatra daquela iguaria toda especial pela qual ele espera O Ano Inteiro?
Tremenda malvadeza...

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Pourrrraaaaaaa...
É excelente a sensação de que, sim, você sabe cozinhar muito melhor do que muito chef chulé por aí e todas as horas gastas no sagrado circuito pia/ bancada/ fogão valeu muitíssimo a pena!
É, eu voltei a cozinhar.
E voltei bem.
Depois da chutação de balde enlouquecida que me levou a engordar, voltei aos meus “domínios” em prol de uma alimentação saudável e mais substancial que miojo. Claro está que não é fácil isso, levei em conta meus gastos astronômicos em todas biroscas calóricas espalhadas pela cidade também.
Quilos a mais e perda de grana são motivos mais que suficientes para que a pessoa (a) retome a interminável e eterna dieta e (b) seja obrigada a comprar e fazer comidinhas “normais”. Coisas sensacionais têm saído das minhas panelas e da minha “mente criativa culinária”...
...Pena que meu estômago ainda é um ser rebelde que não me deixa curtir a digestão em paz depois.

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Eu confesso.
Meu saco para o blog confessional não voltou ainda.
Meu saco para um blog onde eu escreva sobre coisas realmente relevantes também não.
Crise de blog.
Todo mundo já passou por isso, não?
Alguns desistem, outros continuam.
Graças a Deus eu sou cabeça dura e vou continuar tentando mais um pouco.

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Durante a última semana eu reli “Bridget Jones” e fui abduzida por “Sex and the city”.
Engraçado como os conflitos dessas moças são parecidos com os meus, os das minhas amigas, mesmo que a gente ainda não tenha chegado à casa dos 30.
Foda como mulher consegue ser um bicho tão atolado e neurótico que faça com que coisas como esses dois fenômenos de vendas nasçam, sejam tomados por fatores identificadores e afins em qualquer lugar do Mundo, né?
Ai.

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Me sentindo uma primata.
Essa coisa de ficar avessa à badalações não é lá uma coisa muito ruim, chato é que como você não tem que ir a lugar nenhum mesmo pára de se depilar, fazer as unhas, etc, e quando realiza está parecendo a Conga Mulher Gorila e necessita de internação urgente no primeiro salão de beleza da esquina porque você não conhece mais aquela criatura que te olha no espelho.
Eu, particularmente, fico irreconhecível. Primata. Portuguesa. Grotesca.
E foi assim que eu me vi hoje.
Meu reino por uma esteticista!

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É.
Eu ando mulherzinha pra caralho.
Sublimei um pouco meu ladinho Tonhão.
Convivam com isso.

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Quero ir ao cinema.
Alguém?

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Saudades dos meus amigos.
Precisando de colo...
Pra variar...