Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

quinta-feira, dezembro 4

Até que pra quem escreveu o post abaxio completamente de porre o prejuízo foi pequeno...

Sair dessa casa é difícil...
Não consegui viajar de manhã cedo...
Nem que quisesse, que a ressaca era grande, mas estou indo...
É impressionante como eu não sei fazer malas! Para 3 dias acabei ficando com uma mala e uma mochila muito pesadas! Da mala, tenho certeza que não vou usar metade, a mochila é perfeitamente desculpável porque leva meus livros de faculdade pra ver se eu estudo um pouco, meu livro romance e meus cds de pancadão... Mesmo assim ainda me espanto... Como estudante de turismo, deveria ser capaz de fazer malas diminutas... Talvez um dia eu aprenda...
Tenho que ir... Preciso carregar as duas malas pesadas num ônibus chato, cheio e fedorento até a rodoviária igualmente chata, cheia e fedorenta meio que correndo porque a cidade é um luxo tão grande que só tem um ônibus diário que faça a rota... E até chegar lá vai ser tarde e eu já vou ter tido chance de ter um ataque "ai, eu estou velha" porque quem vai me buscar no ponto final (que se chama barateza) é meu irmão mais novo... Vou ser babysiteada por ele esse fim de semana... Nunca imaginei que esse dia chegaria!
Mas meu irmão é legal...
Vai ser tudo bom e meu horóscopo já me disse que uma viagem pequena vai me fazer bem e voltar cheia de energia... Torçam para que faça sol e eu volte neguinha e a gente se "fala" semana que vem!
Bom fds pra quem fica!

E lá fomos nós...!
Lutamos contra um piriri, um sono profundo e uma febre ou coisa parecida...
Meus anjos da guarda são tudo no Mundo!
Sempre!
Me comportei e fui motivo de orgulho quando nem caí sentada e sem pose depois de levar aquele beslicão na bunda...
E bebi e dancei e conversei e vi pessoas queridas e abracei pessoas queridas e mereci dez estrilnhas de ouro pela boa conduta...

Aí 9:30 da manhã, hora exata marcada para a prova o celular toca...

- Rê. cê não vem fazer a prova? Onde cê tá?
- Babi, eu tô na cama, mas já tô chegando!

Eu enrolei, paquerei o despertador, cantei as musiquinhas, fiz cálculos ininmagináveis, mas se não fosse a Babi eu perdia a prova... O que seria uma burrice sem tamanho uma vez que a cola era liberada assim como a consulta aos colegas...
Eu faço essa matéria com a Rê Satânica, aí...

- Rê, cê respondeu a 7 ou a 8?
(devíamos escolher entre uma das duas)
- A sete...
(tive outro ataque de Chico Xavier e respondi a prova toda sozinha de novo, para alegria do Anderson, e meu alívio, que não tenho saco de pensar muito na hora de fazer prova, muito menos de ressaca, muito menos de Ecologia...)
- E qual é a resposta?
(atentem para o fato de que a professora estava do MEU lado, literalmete)
- É particular...
- hahahahahahah É particular é foda!
- Não, sua retardada, a resposta da pergunta é essa! É particular! as éssoas blábláblá
(outra dupla nunca dantes vista)
- A Sete?
- É! Tô dando a resposta pra ela e ela acha que eu tô de sacanagem com a cara dela!!!!

E foram assim meu fim de noite e início de dia....
Eu passei metade do dia pensando em dormir, metade do dia me esquematizando...
Outro pedaço eu tirei para bater perna com a Dea por Copa e realizar que eu preciso de tudo: roupas, sapatos, bolsas, ora bolas, dinheiros!

Aí no fim de tudo fui tomar chopp com Karlota... Muito tempo... Muito abandono de minha parte... Fase louca, deprê constante, difilcudades mil, hormônios em fúria, ando relapsa com meus amigos... Anitas viaja em duas semanas e eu nemfui ao humaitá ainda! Assim como fazia semanas que nosso chopp semanal era sublimado por motivos de força menor... E foi um bom chopp... Apesar das duas estarem meio caídaças e da Mari ter colaborado com nosso humor, foi um chopp do Bem... Ambas estamos naquela fase de construir e pensar...

...E como no Rio faz calor, eu não tenho mais o quê fazer aqui senão um bando de besteira e avida é chata, muito chata, resolvi não me render aos apelos do Inferno... Vou me enfiar no mato... Assim que acordar, farei minhas malas, empacotarei livros e trajes de banho e passarei o fim de semana longe daqui... Lomge de tudo que me alimenta, que faz bem e me faz mal... Vou ver meu pai, meus irmãos, tomar sol feito plantinhas que precisam de fotossíntese... Vou ter abtinência de internet, vou deixar meus hormônios mais furiosos, vou nadar o dia todo e estudar o que não estudei até hoje, vou chorar a falta do quê fazer, mimar minha prima, jogar buraco, me sentir só, não tirar fotos, terminar meu livro... Vou pra longe...

Domingo volto...

Um fim de semana no mato pode ter o melhor dos efeitos....

Que Deus tenha dó de mim no que nós bem sabemos que me dói e até a volta!

(Nem tão até assim... O processo empacotamneto talvez mereça uma leve descrição... O resto... Bah...)

terça-feira, dezembro 2

Para não perder o hábito...

Vamos ao fim de semana passado...
Depois de atender a uma missa de sétimo dia, ver pessoas queridas que não vejo sempre, conhecer uma casa nova, jogar toneladas de conversa fora e fazer muita hora por Laranjeiras, lá fui eu toda bonitona (...que eu fico uma uva com o meu vestido de bolinhas que estava fazendo conjunto com sandália enorme, apesar do pé torcido. E sem tombos!) encontrar o Pedrinho para uma providencial carona rumo à nossa Bunker de toda sexta...
O show do Glamourama a gente perdeu por preguiça, mas a Bunker... Pic Nics na porta, Lula meu mano no Bem Estar, parecia até coisa de alguns anos atrás! Aí fui abduzida por doses cavalares de wisky e afins...
Pra variar um pouco, eu perdi o show dos meninos de novo, já que estava ocupadíssima num papo baixíssimo nível com Lula e seus comparsas... Além de pentelha, tô ficando uma bêbada low level pra burro...! Mas, enfim... Isso é outra história...
Dedea foi com o Gustavo, Lula acabou entrando, uma pessoa cumpriu com parte da “ameaça” que tinha me feito, outra me fez carinhos... Foi uma noite divertida, apesar da minha falta de paciência... Uma noite em que aconteceram umas coisas meio bizarras... Daquelas que terminam com mais uma rodada de cervejas do lado fora com os amigos podre de bêbados sem entender nem sobre o quê exatamente estão conversando e com o dia raiando... Uma noite feliz...

Inacreditavelmente, no dia seguinte meu pé acordou sem nem resquícios da torção do dia anterior... Como chovia e ninguém queria fazer nenhum dos programas que eu me disporia a fazer, aluguei de novo mais um monte de filmes... E embarquei neles...
O primeiro que eu vi foi “O Olho Que Tudo Vê”...
Porcaria pra burro... Mas isso já era esperado... Não chegou a ser nenhuma surpresa ou dor enorme...
Depois eu encarei o “Por Um Fio”...
Vamos combinar que o tal rapazinho que eu esqueci o nome é mesmo uma gracinha e que o filme não é ruim... Pra mais de duas horas dentro de um orelhão a quantidade de pauses apertados foi minúscula, a pessoa fica querendo saber o quê diabos vai acontecer com o mocinho desesperado... Ainda assim, que bom que eu vi em dvd em vez de no cinema...
Depois eu vi “Igby Goes Down” (esqueci o título em português)...
Assim, assim, mas é legal... Nada super genial... A Sarandon ta ótima, a Claire Daines também, o moleque é legal, o Ryan Phillippe faz aquele papel que ele sempre faz... Nada genial, mas é um filme okay...
Aí eu arreguei que esse tempo todo de filme mais a ressaca do dia anterior foram de bom tamanho...
Comecei a perceber umas coisas também...
Algo entre o “ah, sua canalha!” e o “olha que curioso”, mas ambas as coisas envolviam sem dúvida um sentimento de mudança, de novo...

Aí domingo eu mal levantei e já comecei a animar...
Resolvi que ia ver os Pic Nics na Matriz, liguei pra cá, liguei pra lá, tomei um chá de cadeira fenomenal do Pedro (não tem jeito! Ele e a Dea são os piores para sair com hora! Sempre atrasam hoooooooooras e a monga aqui não se acostuma..) e lá fomos nós...
Só nós dois mesmo pra encarar festa da PUC na Matriz num domingo! Nós e o Glauco! Hehehehehe
O resultado é que tirando uma outra banda, as outras eram uma merda... Enquanto isso, nós ficamos conversando com o povo, dançando quando dava e...? Enchendo a cara, claro!
Quando Flavinho e Paulinho aportaram no recinto eu já estava amorosa pra burro... E pentelha...
O show foi ótimo e depois a gente se mandou e foi atender ao Empório...
Afinal era domingo...
Logo que a gente chegou, casa cheia, encontramos com o Chacal e Mrs. Chacal...

- Renata, você está bêbada?
- Com-ple-ta-men-te...! hehehehehehe


Aí me ajeitei com os meninos numa mesa, falei outra dúzia de barbaridades e assim se foi mais um fim de semana...

A segunda-feira foi a coisa mais improdutiva dos últimos tempos... Não consegui estudar e meu saco para com a vida explodiu... De novo...
A minha suscetibilidade às crises de fim de ano chegou mais cedo...

Hoje, uma prova medíocre, uma ligação mal sucedida (eu só queria conversar, saber notícias, sem nem um pingo de vontade, porém, de encher o saco e tentar vinte vezes, domando a minha psicopatia), dois trabalhos encaminhados (um pronto), uma despedida para ir... Aos poucos eu vou encontrando um balanço...

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Animadíssima eu não estou, mas continuo tentando...
Tenho pensado muito, ponderado muitas coisas sobre vários aspectos da minha vida... Tenho ouvido muitas opiniões sobre essas coisas...
Sem desmerecer, mas já desmerecendo, muitas opiniões podem confundir mais a nosso meio campo que ajudar... Mas precisei ouvir todas essas opiniões para chegar a essa conclusão...
A minha grande dificuldade em atualizar o blog está nisso tudo... Como eu ainda estou digerindo as coisas, fica difícil escrever sobre elas...

O que me move, o que sempre me moveu, e talvez um dia eu consiga explicar direito o por quê disso ser assim sem parecer pedante ou coisa que o valha, é estar apaixonada. A raiz de todos os meus problemas e alegrias vive aí. Por causa do que eu sinto já fiz (e continuo fazendo) tremendas cagadas, mas já acertei em alguns lugares também.
Então agora eu tenho esse problema: estou apaixonada. Na verdade, continuo. E a situação não é das mais legais no momento. Ao mesmo tempo em que eu preciso desse cara, por ele não estar por perto, acabo saindo com outros, mas os outros não são ele. É virtualmente inacreditável estar apaixonada por um cara que não quer te ver ou falar com você, então, aos poucos, eu vou tentando consertar isso.
Como se conserta isso?
Se não existe jeito ou vontade, eu preciso abstrair. Até que eu abstraia totalmente o processo é demorado. Vou ter recaídas, vou tentar falar com ele, vou passar noites em claro pensando que é uma pena que não tenha dado certo. Mas um dia passa. Eu sei disso por fato. Me vi assim esse fim de semana, junto de uma pessoa que eu já amei muito, muito, muito, e que achava ser O Amor da Minha Vida, e que nesse encontro foi apenas uma pessoa que eu já amei muito, muito, muito e por quem tenho um carinho enorme, mas que com certeza não é O Amor da Minha Vida. Foi durante um tempo, não é mais. E é não exatamente engraçado, mas parecido com isso, perceber isso. Olhar para trás e ver o quanto essa pessoa já foi importante, o quanto eu sofri por ele, o quanto eu o amei, as coisas que eu ainda lembrava e ele não. E eu acho que para ele eu olhava do mesmo jeito.
O meu problema quando eu pretendo abstrair, é cair naquela velha história do “nunca mais vou amar ninguém” e perceber que a cada amor perdido eu fico uma pessoa mais difícil e dura e medrosa também. Saio por aí dando por dar, por que eu “não tenho mais nada pra fazer mesmo”, porque alguém pode ser melhor, e toda uma gama de desculpas destrutivas que toda pessoa em processo de confusão inventa para poder fazer grandessíssimas cagadas e não morrer de culpa depois.
Tem o lado construtivo e o lado destrutivo.
Sempre.
Em alguns dias eu percebo como fui insensível e até grossa com pessoas que não mereciam isso, tenho a impressão de ter vomitado o coração, como sempre ameacei. Porque eu vou fazendo essas coisas todas, mas sentir de verdade, eu ando sentindo pouco. É complicado para uma pessoa movida por sentimentos ficar sem eles de repente. Nesse aspecto da vida eu ando sentindo muito, muito pouco além da saudade que me ataca às vezes.

Aparentemente, pela primeira vez, todos os outros aspectos da minha vida ficaram mais importantes. Dinheiro (e toda aquela história de depender dele, mas não ser capaz de ganha-lo), faculdade (tenho que estudar! Será que eu vou passar? Blábláblá), emprego (ou a falta dele), e todos aqueles desejos e vontades que eu sempre tive, mas deixei seguirem seu curso sem dar muita importância ganharam o primeiro plano. Estou me vendo justamente como jamais quis.

Esse ano muita coisa mudou e aconteceu.
E eu ando pensando muito nessas coisas.
Pensando em que rumo tomar, o que fazer com tudo aquilo que me incomoda e em como solucionar isso. É muito pensamento e muita coisa pra uma cabeça só.
Às vezes eu perco o ânimo. Perco o equilíbrio. Perco até meus poucos neurônios.
Mas, como, eu já disse 2 milhões de vezes, é uma fase. Complicada, embolada, chata, feia e boba, mas é só uma fase.

Mesmo dizendo isso tudo, na verdade eu disse muito pouco.
E é mais ou menos assim que eu pretendo ficar por mais um tempo.
Ou não.

Bons dias e dias horrorosos ainda me esperam ansiosos.