Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

quarta-feira, abril 28

Diálogo pós-cinema

- Tia, você já viu "Kill Bill"?
- Vi o quê?!?
- "Kill Bill".
- Ahn?!?
- O filme novo do Tarantino. "Kill Bill"!
- "Dose Dupla"?*

(*Nota: Dose Dulpa = Duplex)

- Não!!! "Kill Bill"!!! Pomba, tia, tá todo mundo falando nesse filme, esperando há meses!!!
- Mas tá passando no cinema?
- Tá!
- No meu jornal não tem esse filme, não...
- Como não tem?!? Eu acabei de voltar do cinema!!! Não é possível, tia!!! Já fizeram várias reportagens, é sobre uma mulé em coma que acorda e sai matando geral!!!
- Não vi matéria nenhuma... Devo ter perdido todas...
- Deve mesmo...
- Mas por quê?
- Eu só queria comentar o filme...
- Não existe no meu jornal... Que mais você quer ver?
- "Janela secreta".
- "Janela secreta"?!? Que filme é esse???
- (rindo histericamente) Vai dizer que esse também não tá no seu jornal???
- Não! Hihihi
- Não é possível!!! (já chorando de rir)
- Vou ler melhor o jornal, depois a gente conversa, então...

Só na minha família...

Não fui só eu que achei que aquela pancadaria da novela saiu de filme pornô e fez muito estrago pruns tabefinhos!!!
Rá!

terça-feira, abril 27



Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!! Quero ver a parte 2!!!

Clap! Clap! Clap!

Em estado de graça!
Cinema com os amigos (Dea, Gu e Peter), café, bobagens...
Melhor programa desde que eu voltei até agora!
Muito feliz!!!!

* Cortei os cabelos! As pontas malvadas que me deixavam parente d'O Predador sumiram!!!

* Que sinusite é essa que não me deixa há três dias? Será que é um tumor?
(Eu ando muitíssimo influenciada pelas novelas, confesso)

* Tem um edifício horizontal nascendo no meu nariz. Dói!
Se eu botar um piercieng vermelho, vai ficarparecendo que tenho um em cada narina. :P

* A dieta mandou um beijo...

* Minha cintura sumiu...

* Mas em compensação eu já andei daqui de casa até a Nossa Senhora da Paz...

Considerações bem bestas sobre o início do dia, não?

Preguiçaaaaaaa

Uma semana no mato: fica difícil escrever no blog.
A) Suas unhas e as do Wolwerine estão assim ó, pau a pau.
B) Você não se lembra se o que você escreve está certo ou não.

...E algo me diz que a macharada que viu novela hoje deve estar em polvorosa...
Coisa mais obsena...
...Ou fui só eu que achei...?

Uma semana longe daqui.
Nem tão no mato e nem tão longe, mas longe.
Estourando o tempo de permanência, a paciência, o peito de saudades.
A civilização me faz falta mesmo...
Não tem jeito.
Até de Circular eu sinto falta!
Pra ir até a casa da prima mais próxima é necessário pegar dois ônibus e fazer uma viagem de mais de uma hora!!!
Pra poder comprar uma mísera coca-cola você precisa andar mais de um quilômetro de estrada escura, pavorosa e cheia de carros bizarros e mato, enquanto aqui eu só preciso descer as escadas e ir até a esquina!!!
De noite, assistir qualquer coisa que envolva um tirinho de nada (série policial, filme de terror, etc) sozinha e com as janelas abertas é impossível. Impossível!
Onde bichos estranhos e bizarros, de formas nunca antes imaginadas por habitantes de grandes centros urbanos andam felizes e contentes perto, muito perto de você, sempre acompanhados por um habitante do centro rural que vai te dizer que aquele bicho “morde pra caramba” (ou não faz nada).
A paranóia que você não costuma ter à cerca de ladrões, bichos, acidentes e qualquer bosta do gênero que devia ter enquanto está na Cidade, de repente, resolve aflorar em toda a sua fúria lá, no meio do mato.
Meu limite é de três dias.
Mais que isso tudo fica bizarro demais.
Fora que, às vezes na vida, é preciso que você seja uma moça muitíssimo fina até no meio do mato, já que existem pessoas babacas nesse mundo.
Pessoas que quase conseguem arruinar a sua viagem.
Mas a viagem acaba compensando porquê você encontra uma prima que ama muito e tem a oportunidade de conversar muito com ela e passar muito tempo com ela e falar de coisas, que mesmo com a passagem de muito tempo, só ela entende.
Acaba compensando porquê você passa muito tempo grudada no seu irmão mais querido – sim, a Verdade Suprema é que você gosta mais de um irmão entre todos – e também conversa sobre um bando de coisas com ele e pode ajudar ele com o que ele precisa e sabe que ali você tem um companheirão para o resto da Vida do qual você se orgulha muito.
Aí você volta.
Enche os pulmões com a fumaça dos carros e quase chora de alegria com a paisagem na saída da Novo Rio.
Vê que entraram filmes legais em cartaz no cinema.
Consegue aos poucos ir abandonando a sensação de ser o ser mais abandonado do Planeta já que não teve queima de fogos quando você chegou em casa e seus amigos estava dormindo por causa da enorme ressaca do fim de semana que você perdeu e do domingo chuvoso.
Consegue encontrar alguns deles.
Consegue sair pra “jantar” e fofocar um pouco.
Consegue ler coisas na internet.
Consegue ver seriados e ler os jornais de domingo.
Muito bom estar de volta ao lar!
Mesmo que ele não seja legitimamente seu.
Mesmo que falte alguém pra te abraçar na hora de dormir.
Ainda morta de saudades do Mundo.
Das pessoas do Mundo.
Precisando sair desesperadamente.
Ver e ouvir das pessoas urgente.
Louca pra chegar sexta-feira.
Louca pra chegar amanhã.
Que hoje foi um dia meio merda, mas amanhã começa um novinho em folha.
Um aonde eu não vou me aborrecer com coisas que eu não posso controlar.
Um aonde eu veja mais pessoas.
Consiga fazer dieta.
O telefone toque.
Eu consiga cortar os cabelos.
E blá, blá, blá, blá, blá...