Dá muita, muita vontade de sentar e chorar quando você percebe que está implicando com os adolescentes que resolveram “dar uma festa” debaixo da sua janela num domingo de madrugada. Você já foi uma daquelas adolescentes. Você já varou inúmeras madrugadas debaixo da janela alheia contando piadas sem graça em um volume vocal totalmente desnecessário. Você fazia isso sem pensar que existiam outras pessoas morando à sua volta e que precisavam dormir. A sua mãe reclamava e você dizia que ela era careta. Hoje você reclama. Fica vermelha. Quer chamar a polícia. Acha um absurdo que todas as baixarias da rua tomem lugar debaixo da sua janela.
Aí você percebe que está implicando com um bando de adolescentes que está fazendo uma coisa que você também já fez. Tudo bem que eles são muito mais mal educados (será mesmo?) do que você já foi, mas, nesse momento, você percebe que o tempo passou mesmo, e sente muita, muita vontade de sentar, esconder o rosto nas mãos e chorar copiosamente.
Pior!
Percebe que daqui a uns 13 anos, outra pessoa vai estar achando sua filha mal educada e vai estar gritando “psssssiu!” pra ela pela janela e aí sim, você vai se sentir muito, muito velha.
Mas aí, ao invés de sentar e chorar, você vai sentar e lembrar como era bom quando você fazia baixaria debaixo da janela alheia...
Puta crueldade...
segunda-feira, julho 26
domingo, julho 25
Tem alguns anos já que eu parei de aplaudir.
Essa coisa de ficar batendo uma mão na outra com cara de deleite, ou simplesmente por que as outras pessoas estão fazendo isso e você se sente na obrigação de, um dia me bateu malzão, me fez sentir uma pessoa estúpida e me fez realizar que eu não precisava fazer aquilo se eu não quisesse.
Eventualmente, até me sinto coagida ou na obrigação de bater palmas para algumas coisas e/ou pessoas. Raras serão as vezes que alguém me verá fazer esse gesto de livre e espontânea vontade.
Não sei exatamente quando eu comecei com isso nem por quê, mas eu também não minto.
No máximo, eu omito coisas. Aliás, já omiti coisa pacas nessa vida, mas mentir? Raras as vezes. Me faz mal.
E eu não gosto que mintam pra mim.
Em algum momento, também esquecido, passei a me valer daquela história do “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Funciona 90% do tempo. Então eu não minto.
E, ultimamente, exercito a minha solidão, o meu egoísmo e a minha vontade cada vez mais latente de não pedir mais desculpas a ninguém. Não gosto que me peçam, nada mais justo que eu não peça também. Ninguém se culpa tanto por certas como eu, nada mais justo que eu pare com isso.
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“O Amor da Sua Vida vai nascer agora.”
Verdade inquestionável.
Mas eu ainda penso se um dia eu serei o Amor da Vida de alguém.
Porque eu tenho certeza de que não fui ainda.
Assim como eu não posso mais afirmar que esse ou aquele foi O.
E como será que é isso?
Será que existe?
Será que alguém pode ser o Amor da Minha Vida ou vice versa se todos os amores são diferentes entre si?
As pessoas são diferentes, os tempos, as situações, os cheiros, as promessas, os abraços, os suores, as brigas, os beijos, as mentes, os corpos...
Pensem daí que eu penso daqui.
Talvez um dia eu desenvolva isso melhor.
Talvez um dia alguém descubra.
Talvez...
Muitos talvezes nesse mundo...
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“Funciona assim; durante anos a gente foi bonzinho, tentou te ensinar tudo numa boa. Algumas coisas, você aprendeu; em alguns casos você falhou de maneira estrondosa. Agora você não tem mais escolha, sacou?”
E nessa, eu ando aprendendo/ descobrindo muita, muita coisa...
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Alegar insanidade É o caminho mais fácil.
Quero ver alegar sanidade!
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Falta de coerência!!!
Falta de coerência!!!
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A vida anda muito esquisita...