Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sexta-feira, junho 20

Ainda sem Zebedeu...
Juro que dentro em breve ele volta...
Trabalhando feito uma cadela, mas ae, Canecao foi fooooooooodddddaaaaaaaaaa!!!!!!
Semana que vem eu conto que escrever em blog de cyber cafe e um super prejuizo do Mal....
Te pra semana povo!

segunda-feira, junho 16

Às vezes a melhor coisa do Mundo é ficar sem computador em casa. Não existe aquele foco maligno que consome toneladas de energia e passa o dia piscando luzinhas esquisitas tentando te seduzir e fazer com que você não produza nada de relevante na vida e passe horas e horas a fio conversando com os seus outros amigos dezempregados via icq ou jogando algum joguinho imbecil.
Por outro lado, tem vezes em que esse artefato do Inferno faz uma falta surreal. Quando você tem que fazer um trabalho gigante para a Faculdade, por exemplo; ou quando bate uma inspiração, você quer divagar sobre a relevância das lagartixas enquanto bicho doméstico ou qualquer coisa que o valha e você simplesmente não faz isso porque, pra você, escrever textos desse tipo está automaticamente associado a postar eles no blog.
Mas aí tem dias como o de hoje. O primeiro em que eu vou poder relaxar antes de enlouquecer por mais vários dias seguidos, em que a internet desse estabelecimento de ensino (Rá!) resolveu parar de funcionar, em que eu tenho um disquete na bolsa (milagre), e então posso escrever com calma. Por alguns assuntos em dia e, com um pouco de sorte, até dar uma filosofada de botequimvirtual de leve...
Pela primeira vez em uma semana a minha coluna parou de doer. Todo mundo sabe que a minha postura está longe de ser postura de bailarina, mas quanto mais nervosa e pilhada eu fico, mais torta. Acontece que isso sempre foi facilmente resolvido na base das toneladas de dorflex e similares que eu sempre carreguei na bolsa ou tinha escondido em alguma gaveta. Acontece também que a hipocondríaca que existe em mim deve estar internada em algum lugar, porque a minha gaveta de remédios (sim, eu tenho uma Gaveta de remédios) está parecendo geladeira de solteiro, só tem itens básicos de higiene pessoal, remédio só lactopurga (mas isso já é outra história). Eu sempre adorei farmácia, sempre fui cliente da Bayer, adoro aquelas farmácias que tem prateleiras cheias de cartelinhas de coisas absolutamente entupidas de química que você pode comprar e levar pra casa como quiser! Existe coisa melhor no Mundo da Hiponcondria do que alguém ter alguma coisa perto de você e você ser capaz de sacar uma bolsinha que contenha pelo menos duas ou três opções de droguinhas que resolvam o problema daquela pessoa?!? Não! Mas, infelizmente, eu não ando fazendo isso... Eu ando passando por dias e mais dias de dores variadas sem tomar uma única aspirinazinha infantil que seja.... O que diabos anda acontecendo comigo?
Tudo bem, as dores são proporcionais ao número de reclamações e encheções de saco que a vida moderna proporciona a pessoas ansiosas e boazinhas como eu... Tudo bem, isso deve ser um sinal de que eu sei que essas dores são causadas por outras pessoas e que bolinhas (ah! Bolinhas...) só vão servir para me deixar um pouco atordoada... Perae..! Definitivamente tem alguma errada! Eu, não querendo ficar atordoada?! Essa coisa de virar mulher responsável deixou a minha vida de ponta mesmo...
Imaginem que a alguns meses atrás, ir a Botafogo era um tremendo suplício. Agora imaginem que, num único dia, semana retrasada, eu vim a Lagoa, fui a Ipanema, depois Gávea, depois Laranjeiras, depois Fundão, depois Botafogo, depois Casa e ainda tive gás pra sair de noite... Imaginem que essa semana eu também fiz toneladas e mais toneladas de Turismo, no sentido literal. Fui a Leopoldina, fui ao Estácio, fui à Cidade, Ipanema, Gávea, Humaitá... Imaginem que pegar coletivos era o meu Terror absoluto, agora imaginem as barbaridades que eu não ando fazendo com uns vales transporte... Ando muito econômica até, porque dura eu estou tem mais de ano, mas ultimamente, se tem vale transporte eu sou uma mulher feliz porque pelo menos posso sair de casa e ir aos lugares.
Tem essa também, antes meu sofá era a minha vida, agora mal paro em casa... Dia que eu paro é luxo... É alegria... A audiência da Márcia, coitada, deve ter caído um tantinho tamanho o tempo que eu não consigo estar em casa para vê-la...
O Banco do Brasil vai me mandar uma carta dizendo que não me quer mais no plano de saúde, tamanha a quantidade de examinho e mediquinho que eu visitei esse mês... (Tá tudo bem, muito bem, obrigada)
Mandei fazer meus óculos novos, finalmente...
A vida acadêmica ainda me tortura, mas eu resolvi que não vou viajar essa semana que vem porque passarei a tal estudando...
Um amigo querido que eu não vejo a muitos meses me ligou ontem me chamando para ver o show da banda dele (o que eu achei mega fofo!) e eu disse que não podia ir porque precisava acordar cedo hoje.
É muita responsabilidade demais, de uma tacada só, pruma pessoa que sempre teve tão poucas na vida! Pira, pira, pira mesmo...
Mas tudo bem...
Trabalhos estão começando a pintar também, o que é bom, muito bom, obrigada Senhor! Nada que vá me render algum dinheiro ainda. Esse primeiro projeto que eu vou participar vai ser ralação sem fim na camaradagem, acontece que eu gosto de fazer essas coisas, depois, se eu for boa (e eu costumo ser muito boa naquilo que me proponho a fazer, seja do bem ou do mal), como diria um pop star amigo meu “Grana pinta”... O que não deixa de ser verdade, porque, por mais que eu esteja falida nunca deixei de conseguir fazer uma coisinha ou outra...
O que é mais sensacional nisso é que esse trabalho vai ser grande, vai ser legal e eu não vou estar correndo o Rio de Janeiro feito uma doida alucinada resolvendo perrengues pra Faculdade.
Dia dos Namorados foi assim, perrengue o dia todo e no fim das contas acabei trabalhando de cupida.
Aí presta atenção, com tanta coisa assim acontecendo, me sobra pouco tempo pra aprontar mesmo, a valer, do jeitinho que eu fazia antes... As noites que eu saio, saio para dançar, ver meus amigos, conversar, beber e não me aporrinhar... A Guerra acabou, só quero paz... To fora de problema, to fora de aporrinhação for free, to fora de pentelhação e briga, to fora legal... Se no meio do meu caminho aparecer uma pedrinha bonitinha que me olhe daquele jeitinho e blábláblá, eu posso até tropeçar nela, mas se ela me der problemas eu chuto e continuo....
Porque as pessoas são loucas. Um dia elas saem lá de caixa-prego debaixo de chuva só pra te ver (o que faz com que você se sinta ótima e feliz), outro dia tratam você super mal pelo telefone e desaparecem (e nesse caso em específico não rolou nem mão aquilo, aquilo na mão, antes que alguém venha usar essa justificativa); um dia elas te cobrem de carinhos e morrem de ciúmes de você, no outro, quando você está morrendo de saudade delas, passam batido e nem falam com você direito, depois você recebe um mês depois de que essa pessoa está com saudades de você; um dia passam horas esperando por você só pra te levar em algum lugar, outro....
Enfim, é muita loucura! É muita complicação! Eu já passei quase metade da minha vida enrolada na loucura alheia... Já fiz, aconteci, dei a minha vida para pessoas que não mereciam, quis dar vida a outras que até mereciam, mas não rolou... Pela primeira vez na vida, meus planos são do eu comigo mesma. Fiz uns planos longos, bons, que me fazem sorrir tanto quanto aqueles que eu já fiz um dia com outras pessoas, só que esses são ainda mais legais porque são só meus. Tudo agora é só meu.
Para uma canceriana doente e típica, abdicar da vida sentimental é uma coisa dolorosa. Rola uma carência, rola uma falta de companhia, rola isso tudo que rola com todo mundo que faz com que você se sente no sofá de casa e se esborrache de chorar. Mas essa sensação que eu estou tendo agora de euvezeseuespalhadosemmim é uma coisa nova, assustadora e completamente maravilhosa!
E o reflexo disso é óbvio. O crescimento é enorme e as mudanças passam a ser físicas também. Eu ainda não quero achar (isso é segredo, não pode espalhar), mas eu sei que estou mais bonita. Eu ainda não quero achar, mas eu sei que estou mais interessante. Se eu contasse tudo que ando fazendo para cuidar de mim e do meu corpo, muita gente que me conhece de ontem ia ficar de queixo caído. Reflexo óbvio.
Coisas novas podem ser boas. Se livrar de antigas também. Preciso muito, inclusive, fazer um faxinão nos meus domínios. Parte disso tudo também envolve uns rituais que eu faço comigo mesma, e os meus domínios estão contaminados. Preciso limpar as coisas, devolver (queimar, jogar fora, enviar por sedex) resíduos de pessoas que passaram por ali. Alguns são gostosos de guardar, mas eu acredito que as coisas de uma pessoa carregam a energia dela, e os meus domínios estão uma salada de energias que não pode fazer a alma nenhuma, que dirá a minha que já é assim, meio confusa...
Limpeza, paz, mor papo de hippie... Responsabilidade, mor papo de gente grande... Renata pirou? Pirei, não... Nem virei hippie... Nem gente grande... Ainda... Eu to só arrumando umas coisas que eu já devia ter arrumado há muito tempo...
Depois disso tudo nem tem graça brincar de meu querido diário agora e contar meu fabuloso fim de semana e do porque deu estar tão violenta na sexta-feira... Passou... Lati, rosnei, tive que tomar maracujina e tudo mais, mas já passou...
Já passou...