Vida Roxo

Crises de uma carioca perdida

sexta-feira, janeiro 23



Trá

Lá!!!

quinta-feira, janeiro 22

Leve Momento de Crise no Meu Dia de Maria

* Por quê o cd player se recusa a tocar alguns discos?
* Por quê ele desliga sozinho?
* Cadê aquela peça de roupa que eu PRECISO?

Pronto.
Obrigada pela atenção.

Muito, muito, mas muito Medo Mesmo das coisas que eu estou achando no meu quarto!

quarta-feira, janeiro 21

Pensando na Vida – Parte III

Meus Amigos

Vamos aproveitar a pieguice.

Outro assunto pancadão de se escrever sobre.
Porra, o que é a Vida da gente sem os amigos?!?
Ou melhor, o que seria da Minha Vida sem eles?
Sem essas pessoas, algumas escolhidas, outras não, mas todas encontradas, acolhidas e acolhedoras, amadas, tão importantes durante todo o meu curso de Vida?
É bom ser piegas quando se fala nesse assunto.

Eu não consigo imaginar a Minha Vida sem amigos.

O mais curioso sobre essas pessoas é que elas sempre estiveram presentes, sempre estarão, mas ao longo dos anos, o círculo se renova constantemente.
Na infância era o grupo “x”, na adolescência o “y”, no amadurecimento o “z”, na velhice será outro.

Eu tenho muitos amigos.
Ou, pessoas que eu considero minhas amigas e amo do Fundo do Coração.
Pessoas até de grupos distintos, que fazem o esforço de interagir uma vez por ano pelo menos para estar comigo. Tenho amigos até que se conhecem por minha causa!
E tenho amigos que conheci por causa de outros amigos.

A facilidade que hoje eu tenho em fazer e manter amigos, porém, não saiu assim tão fácil...

Na infância, essa coisa de fazer amigos era meio difícil.
Vocês podem acreditar ou não, mas eu sou até hoje uma garota extremamente tímida quando sóbria. E quando eu era criança eu não bebia, né?
Festinha de amiguinho era quase a morte para mim.
Eu era bem aquela pessoa que fica escondida num canto qualquer ou cola feito superbonder na única colega que conhece na festa. Bom, certos hábitos não mudam, isso continua acontecendo, na verdade.
O grupo era bem pequetito. No colégio: Hermínia, Bianca e Emília. Na rua: Gustavo e Leslie, Kátia. As Delgado. E a Nanda.
A Nanda é caso a parte porque ela sempre esteve presente. Nossas mães são amigas dos tempos de Normal e a Nanda foi a única amiga que eu tenho até hoje que foi, de fato, me visitar na maternidade. Nossa estrada e nossa história juntas é longa. Não dá para ser encaixada simplesmente numa narrativa que, muito provavelmente, vai ser meio pobre.
(aliás, estou esperando ela ligar enquanto escrevo.)
Depois, por um longo tempo, as amizades brotaram por aqui mesmo já que meu colégio era aqui do lado de casa. Dessa época, vem Pi, Katrine, Gisele, Viviane... Ficou mais legal, mas eu ainda tinha paniquinho das pessoas.

A cada mudança de colégio, mudavam os amigos também. Eu me dava com os tipos esquisitos. Aqueles que ninguém nem diz “oi” direito e que também não fazem a menor questão de fazer isso com os outros. Aqueles que preferem ficar sentados na escada do lado da sala conversando a ir para o pátio paquerar, jogar ou o raio que as pessoas fizessem nessas horas. Nessa altura eu já estava na assim chamada puberdade.
Nessa época, eu comecei a andar com os meninos que moravam aqui no Bairro mesmo. Fui perdendo o medo das pessoas. O nosso grupo era sensacional!
Passávamos os dias inteiros na rua conversando, jogando bola, polícia e ladrão, essas coisas todas... Volta e meia inventávamos festas na casa de alguém só para ter o quê fazer.
As daqui de casa tiveram fim absoluto no dia em que sujaram a casa toda e uma mãe em fúria veio buscar a filha pelos cabelos.
Nas férias de verão, íamos todos para as aulas de recuperação (porque todos nós ficávamos em recuperação) de canga e chinelo para sair dali direto para a praia.
Dessa época saíram Felipe, Ricardo, Luis, Raquel, Paulinho, Alex, puxa, um batalhão de gente!

Aí a gente foi crescendo...
Aí eu fui fazer teatro...
É, eu já fiz teatro. Na minha época era comum.
Teatro e terapia, na verdade.
Dos amigos de teatro não sobrou nenhum que eu veja até hoje, a não ser em novelas, mas como eu odeio tietagem, não vou dar nome aos bois.
Eu sei que essa combinação me ajudou bastante a ser um pouco mais segura, a ter o que hoje chamam de facilidade em fazer amizades.
Aprendi coisas importantíssimas nesse tempo!

Enquanto crescia, fui abrindo o leque.
Comecei a sair, a namorar, coisas que trazem muitos amigos como conseqüência.
Por onde fui passando nessa vida, fui fazendo amigos importantes.
Natasha (depois descoberta prima), Édipo, Lasalle, João, Ana, Chico, Rapha, Ricardo, Marcela, Dax, Mau, Dea, Gu, Pedro... Tanta gente que não vai dar pra listar, não. Alguém vai acabar ficando magoado com a falta.

Quando eu levei meu primeiro trambulhão feio, eles estavam lá para me ajudar a levantar e me fizeram ver que são aquilo de mais importante que eu tenho na Vida.
E hoje eu não tenho mais tanto paniquinho, mas ainda sobrou um pouco.

Passaram a ser a minha segunda Família.
Passaram a ser aquelas pessoas sobre quem muito se lê aqui.
Aquelas que eu já expliquei, que uma vez amigas, fazem parte de um grupo que pode contar comigo para fazer cafuné às 3 da manhã e afins.
Aquelas pessoas que vão ter em mim alguém que vai cuidar e defendê-las de tudo que puder, que vai ter ciúmes delas, que vai brigar com elas quando preciso e abrir os melhores sorrisos e dar os melhores abraços quando os vir ao longe.
Aquelas pessoas que quando eu adoto, adoto mesmo.

Essas pessoas são especiais porque me ensinaram que eu posso pedir abraços.
Elas me dão os braços, os beijos, as camas e cafunés, me atendem de madrugada, me agüentam bêbada, me agüentam deprimida, me agüentam feliz, escutam tudo aquilo que eu quero dizer e às vezes não posso dizer a quem interessa... Me ensinaram a ser uma pessoa dois milhões de vezes melhor.

Eles estavam lá quando eu me esborrachei e tive que tomar pontos na boca, cantaram parabéns quando eu perdi a virgindade, choraram comigo quando terminou o primeiro namoro, quando eu fumei o primeiro baseado, quando eu fui ao primeiro show, estiveram presentes nas mais diversas ocasiões. Tristes, alegres, mas sempre lá. Comigo.
A Vida toda.

Cada perda que eu já tive foi equivalente a um divórcio.
Doloroso pra caramba.
Meu desejo era embrulhar todos eles e guardar em algum lugar para que nada de ruim jamais possa acontecer com eles.
Aliás, esse é um dos meus maiores medos: perder um amigo.
É foda pensar que isso vai acontecer algum dia, sim.
Alguns, ao longo do tempo, vão sair do meu curso, outros vão aparecer, mas nenhum deles é substituível.
Todos os que passaram, que ficaram e que chegam são diferentes.
Nossas experiências juntos são diferentes.
Todos vão me ensinar coisas diferentes e, tomara, aprender coisas diferentes comigo.
Não tem mesmo como explicar boas amizades...

Uma grande parte é amiga a mais de dez anos, alguns são novinhos, uns são mais importantes, outros talvez nem me considerem amiga, alguns são amigos só de esbórnia, alguns não, alguns me conhecem como ninguém, outros pensam que conhecem...
Às vezes eu sou uma amiga de porcaria mesmo.
Daquelas que some meses.
O que eu sei é que dos amigos que tenho, tenho os Melhores.
Sei que isso é uma sorte.
Sei que devia dizer a eles a sua importância com mais freqüência.
Que todo dia devia escrever um e-mail, um bilhete ou qualquer coisa contando como eu os amo e como eles são importantes.
Que devia agradecer a Deus por eles todos os dias.
Talvez eu faça isso do meu jeitinho torto.
Talvez alguns ainda precisem saber disso melhor.
É que, mesmo com tudo isso, eu não sou lá muito boa em dizer coisas para as pessoas, sabe?

Fica aqui, então, meu muito obrigada por estarem comigo, por serem parte da Minha Vida, meu Amo Vocês.
Mesmo.


Ah desculpa se eu ando assim meio ausente...

Mas nos últimos dias eu estive em outro planeta...
Pensando em outras coisas...
Curtindo a essência da minha pieguice...
Porque eu sou piegas pra burro...
Às vezes, flagro um caderno com cartas e pensamentos de amor que eu nunca mandei ou escrevi direito e vejo o quanto eu sou piegas...
E no meio disso tudo, eu fui fazer as minhas férias valerem a pena...
Agora estou muito mais feliz com elas...
Já fui ao cinema, já vi os shows que devia, já vi amigos queridos que não vejo sempre, já joguei conversa fora, já varei noite em vários botecos e boates, já terminei livros, já resolvi coisas da Vida...
Agora sim as coisas estão mais satisfatórias.
Hoje eu vou voltar a pensar a na Vida e botar o que falta em ordem.
Comecei comprando flores – minha nova incumbência doméstica das quartas-feiras – e vou arrumar meu armário, finalmente.
As roupas primeiro, as lembranças depois.
Preciso ler mais também.
Preciso desenhar umas coisas guardadas.
Escrever mais, talvez amanhã...
Se amanhã eu estiver menos piegas, quem sabe...
Talvez aproveite a pieguice...
Tem umas coisas que eu queria botar aqui, mas agora não posso.
Tem umas coisas que eu quero pôr aqui e vou.
Segunda-feira eu tenho um exame para fazer (outro), amanhã mais um, tudo em prol do “Renata Cidade”; depois acho que vou namorar meus irmãos e meu pai mais um pouco...
Depois já é a última semana de férias...
O tempo às vezes passa rápido.
Sorte que eu tenho conseguido aproveitar bem o meu!

segunda-feira, janeiro 19

Again...

Acabei de chegar e não vou entrar em detalhes, mas puta que o pariu!
Meu amgio Edinho é o Mais Fofo Do Mundo tocando, Kongo é foda!
Melhor show dos Djangos que eu já vi!
Melvin inspiradíssimo!
Edinho ruleando e tocando o que eu pedi!
O quê mais uma garota pode querer na Vida?
Uau!

Perfect end for a perfect day!

domingo, janeiro 18

E quem disse que Deus não faz milagres?

Fez.
Bom, pelo menos hoje (ontem) ele me prometeu um...
E eu estou aqui, esperando por ele...
Arrumada, cheirosa, maquiada...
Esperando...
Calma Renata...
Eu penso de cinco em cinco minutos...
Não consigo ficar calma.
Rola uma taquicardia, uma tremedeira em nível moderado...
Revoluções estomacais...
O telefone já devia ter tocado.
Os dois estão do meu lado.
Mudos.
Toda casa devia ter estoques permanentes de Lexotan.
Eu devia ter um estoque de Lexotan.
Já fui tão boa nisso...
Não sei direito nem o quê que eu vou falar...
Será que já é demais que ele tenha se preocupado comigo?
Será que essa porra desse telefone não vai tocar nunca?
Porque que eu sempre espero?
Porque que eu fui pedir?
Vamos lá, Senhor, eu sei que não ando sendo uma moça muito boazinha, mas este o Senhor está me devendo...
Eu só quero resolver umas coisas...
Ouvir e falar algumas coisas...
Só isso...
É pedir demais?
Inclusive é uma péssima hora para ter dor de barriga!
Dor de barriga não é nada glamouroso...
E, além de linda, eu preciso estar glamourosa...
Dez e meia...
Tá demorando demais...
Já passou uma hora desde que ele disse que vinha...
Quando tempo mais eu espero?
Tinha combinado de encontrar uns amigos daqui a meia hora.
Devo ir?
E se eu for e ele ligar e eu tiver que voltar?
Porque hoje eu abdico, numa boa e sem remorsos, por uma meia hora que seja do lado dele.
Uôps!
Tocou!
É ele!
Tá vindo!
Aiaiaiaiaiaiaiaiai!
Tá tudo em ordem?
Cabelo no lugar...
Barriga discreta...
Okay...
Tá tudo okay.
Vambora!

*****************

Inacreditavelmente, quando eu o vi, não tinha mais essa tremedeira toda.
Foi natural.
A mesma incerteza que eu tinha sobre ele estar aqui comigo, ele também tinha.
O mesmo o que será.
O Grande Barato de estar com ele é que eu posso tudo.
Eu falo muito, ele escuta tudo.
Ele fala, eu escuto.
Eu quero ouvir todas as histórias.
Ele quer ouvir todas as histórias.
Aí vem ele.
O beijo.
Aquele beijo.
O beijo que eu tanto sinto falta.
Que eu tanto gosto.
Que só ele tem.
Eu não tenho medo nenhum de andar pelas ruas da cidade ao lado dele.
Não importa.
Fica claro que a gente precisava disso.
Eu pude falar tudo.
Tudo que eu queria falar.
Ouvi coisas que precisava também.
Quero acreditar em cada uma delas.
Nossa noite é foda.
Estar com ele é foda.
Não importa aonde.
Matar a saudade de estar com ele.
Do beijo dele.
Do corpo dele.
Tudo é foda.
De manhã, eu abro os olhos, capturando cada detalhe daquele quarto.
Vejo uma figura linda.
O tronco bonito de uma mulher e quatro braços entrelaçados, juntos.
Não é um quadro, é um espelho.
Somos nós.
A imagem mais linda daquele quarto.
A mais linda do dia.

*****************

E hoje, nada importa.
A sensação é de leveza.
Tranqüilidade.
Eu sei que o próximo encontro não demora.
E isso é muito bom.
Agora eu entendo tudo melhor.
Não tenho pressa.
E está tudo tão bom que eu, sim, ver meus amigos.
Ouvir música, dançar.
Celebrar esse momento.
Que ninguém está autorizado a estragar.

"And even if my house falls down now, I wouldn't have a clue
Because you're near me and
I want to thank you for giving me the best day of my life
Oh just to be with you is having the best day of my life."